quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Os mortos estão dormindo?


Os que sustentam a crença da "dormição da alma" dizem que quando uma pessoa morre entra, então, em um estado de inconsciência que durará até a segunda vinda de Cristo. Alguns, inclusive, usam esse argumento para negar que os santos no céu podem interceder por nós, vez que supostamente estariam dormindo.

Isaías 14, 9-10 nos diz que os mortos estão ativos e falando; portanto, conscientes: "Sob a terra, o reino dos mortos se agita por ti, para dar-lhe as boas vindas; desperta as sombras de todos os grandes da terra e levantam-se dos seus tronos os reis dos povos. Todos se dirigem a ti e dizem: 'Tu também foste atirado ao solo e agora és idêntico a nós".

Em 1Pedro 3,19, Jesus prega às almas na prisão. Por que pregar-lhes se estavam... dormindo? Na história de Lázaro e o rico epulão (Lucas 16,19-31), Jesus nos mostra que os mortos estão conscientes.

Se os mortos estão inconscientes, pode-se perguntar como é que Jesus falou com [um] deles durante sua transfiguração (Mateus 17,3) e como eles podem oferecer nossas súplicas a Deus (v. Apocalipse 5,8), ou como eles podem se dirigir em alta voz para Deus (Apocalipse 7,10), ou como essas almas dormentes e inconscientes podem clamar "com uma voz bem forte: 'Santo e Justo Senhor: até quando esperarás para fazer justiça e vingar nosso sangue aos habitantes da terra?'" (Apocalipse 6,10). Quão forte é essa exclamação para quem se encontra inconsciente!

Em poucas palavras: como vemos, a Bíblia NÃO ensina que os mortos estão inconscientes, muito pelo contrário. Os que faleceram estão bem conscientes e até mais vivos que nós, nos envolvendo como "uma grande nuvem de testemunhas" (Hebreus 12,1).

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Mediação única de Cristo.

Em que consiste a MEDIAÇÃO única de Cristo?

Basta ler até o fim: 'Porque há um só Deus e só há um mediador entre Deus e os homens, que é Jesus Cristo homem, QUE SE DEU A SI MESMO PARA REDENÇÃO DE TODOS' (1o. Timóteo, II, 5-6).

É como REDENTOR que Cristo é único mediador. Pois só Cristo é Deus e homem, e portanto só Cristo tem méritos suficientes para satisfazer a justiça Divina, pois é Deus, e só Cristo é ao mesmo tempo homem, e portanto pode pagar o pecado pelos homens.

Como REDENTOR, que tira o pecado do mundo, só Cristo é mediador.

Na Bíblia em momento algum fala-se que é inútil a oração da Igreja para a conversão dos fiéis. Através do batismo somos todos unidos ao Corpo Místico de Cristo (I Cor 12,12), remidos do pecado original. Assim, somos um só corpo no amor de Deus.

Se somos uns só corpo, não há diferença entre mortos e vivos no que se refere à capacidade de orarmos uns pelos outros, pois nosso tesouro escondido está no alto. Ora, se assim é, então todos os membros se beneficiam com a oração dos membros da Igreja e por isso, Nossa Senhora como Mãe da Igreja também ora por seus filhos.

Maria é medianeira de todas as graças, pois conforme já mostrado e também afirmado por diversos santos, doutores e papas; é Mãe de Cristo e como somos parte do corpo d’Ele, Maria é nossa mãe. Se a graça provém do Verbo, logo a graça passa por Maria, mãe do Verbo. Dessa maneira a Igreja crê que as graças obtidas pelos fieis, chegam também pelas mãos imaculadas da Virgem Santíssima, pois que a ela pode-se recorrer, ante a mediação única que exerce o Senhor Jesus junto ao Pai (I Tm 2,5).

O fato da Palavra de Deus, citar Jesus como único mediador entre Deus e os homens não acaba com a co-mediação de outros, inclusive Maria. Como somos parte do Corpo de Cristo que é a Igreja, assim somos todos comediadores e por isso a intercessão tem valor. Muito mais valor e muito mais força tem a oração dos que já estão em comunhão plena com Deus na visão beatifica. Maria sempre esteve em comunhão, pois jamais conheceu o pecado e por isso, a intercessão de Maria é a intercessão que excede a petição de todos os demais bem aventurados.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Maria, Mãe de Deus ou de Jesus?


“A Virgem Maria não é a Mãe de Deus, como dizem os protestantes. Ela é a mãe de Jesus Cristo”. Será?
Se isto é o que eles acreditam, então eles criaram vários erros.
1. Em (João 1,1) diz o seguinte,” No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus” e em (João 1,14) diz: ” E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” Estes dois versos dizem que Deus foi feito carne. A substância da carne de Deus na segunda pessoa, que é Jesus Cristo, veio de onde? Veio de Maria!
2. Quantas pessoas é Jesus Cristo? Uma ou duas? Para acreditar que Maria só deu à luz a Jesus Cristo humano, os protestantes estão dividindo Jesus Cristo em dois, um Jesus humano e um Jesus Divino. Aí está um erro doloroso. Para provar ao contrário, é só conferir na própria Bíblia, em (Filipenses 2,5-7) onde notamos um Deus que é um homem, é também um homem que é Deus. Jesus Cristo é um, e não dois. Lembremo-nos também quando Tomé chama Jesus de”Meu Senhor e meu Deus”, (João 20,28) .
3. Os protestantes ao negar Maria como Mãe de Deus, estão refutando(Lucas 1, 43) da qual, Isabel fala com as palavras dada a ela pelo Espírito Santo.“Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?”
É importante deixar bem claro que Maria gerou o Homem – Deus(Romanos 9,5) “e todos os Anjos o adoram” (Hebreus 1,6). Maria é, realmente, mãe de Jesus Cristo, homem e Deus, conforme o testemunho da Escritura(Gálatas 4,4). Ela torna-se a mãe da pessoa de Jesus, na plenitude de seu ser humano e divino. Por exemplo: Jesus não disse ao filho da viúva: ”a parte de mim que é Divina te diz: Levanta-te! ” Jesus fala simplesmente ”Eu te digo: Levanta-te”. Na cruz, Jesus não disse: ”minha natureza humana tem sede” mas exclama:”tenho sede”.
Podemos e devemos chamar a Virgem Maria ”Mãe de Deus” porque o termo da maternidade não é a natureza, mas a pessoa. E a Pessoa em Cristo é a 2ª da Santíssima Trindade, o Filho. Em Maria se realiza, pois este mistério: ser Ela “Mãe de Deus e de Deus filha. Ela participa do mistério do seu Filho, que é Deus e Homem ao mesmo tempo.
Assim como (Gênesis 3,2-7) apresenta a mulher (Eva) envolvida com o tentador e o pecado para a ruína do gênero humano, assim (Gênesis 3,15)apresenta a mulher (Eva feita Mãe da Vida por excelência ou Eva plenamente realizada em Maria) intimamente associada ao Messias na obra de Redenção do gênero humano. Assim a mulher (Eva, Mãe da Vida), que introduziu o pecado no mundo, será também a introdutora da Salvação ou do Salvador no mundo. O papel de Eva é recapitulado por Maria.
Eva é portadora da desobediência e da morte com o seu ”não” a Deus; Maria, ao contrário, traz a fé, alegria e a vida com o seu ”sim”. O Anjo mau falou à mulher infiel a Deus, o Anjo Gabriel falou à mulher fiel a Deus; no primeiro caso, a mulher colabora para a morte; no segundo caso, a mulher (a nova Eva, a verdadeira Mãe da vida) colabora para a vida.
“Podemos assim dizer que Maria é o templo do Senhor, o Sacrário do Espírito Santo. O tabernáculo e a Arca da Aliança, são figuras da Virgem Maria. Ela é o sacrário vivo do Espírito Santo, porque se tornou a Mãe do verbo Encarnado. Basta percorrer as páginas das Escrituras para ver que Deus não habita no meio do pecado”.
Portanto, Maria foi pensada, amada e predestinada para ser o templo do Espírito Santo e Mãe do Deus Encarnado.
Se Maria fosse somente um instrumento ou uma mulher comum, como se afirma no protestantismo, o próprio demônio poderia se apresentar a Jesus e dizer: ”Onde está sua honra e sua glória?”
Sem sombra de dúvidas, a Bíblia a Tradição e o Magistério da Igreja, deixa bem claro que a Virgem Maria é Mãe de Deus. É claro que não podemos esquecer que, Ela não é Mãe de Deus na Primeira Pessoa, e sim na segunda Pessoa que é Jesus Cristo.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Maria, Caminho perfeito para Jesus.

Quando Maria nos ampara não cais, quando te protege não temes, quando te conduz não te canses: quando te é favorável chegues ao porte da salvação (S. Bernardo).

Mesmo que se traçasse uma estrada nova para ir à Jesus Cristo e esta estrada fosse ladrilhada com todos os méritos dos beatos, decorada com todas as suas heróicas virtudes, clareada e embelezada com toda a luz e a beleza dos Anjos, e se tivessem todos os Anjos e Santos para conduzir, defender e suportar aqueles que querem caminhar nela: na verdade, eu digo ardentemente que preferirei a esta estrada, assim perfeita, à estrada imaculada de Maria: "Fez íntegro o meu caminho" (Sal 18,33). É um caminho sem nenhuma mancha, nem imundície, sem pecado original nem atual, sem sombras nem escuridão..

Tu deves te convencer que quanto mais terá Maria nas suas orações, contemplações, ações e sofrimentos, se não com um olhar distinto e consciente, pelo menos com um geral e imperceptível, encontrarás em perfeição Jesus Cristo, o qual está sempre com Maria, grande, potente, operante e incompreensível, e isto mais ainda que no céu e em qualquer outro criatura do universo. Assim Maria, toda perdida em Deus, não se transforma em um obstáculo aos perfeitos para alcançar a união com Jesus Cristo nosso Senhor.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O Amor não tolera experiência

Escutam-se nos dias de hoje frases como esta: “é preciso conhecer bem o outro antes de assumir um compromisso”. Ou ainda: “o casamento é para sempre e aprisiona e eu não estou preparado para me atar definitivamente”.

"Muitos reclamam hoje uma espécie de direito à experiência quando há intenção de se casar". Esta frase que se encontra no número 2391 do catecismo da igreja católica mostra a realidade afetiva de vários homens e mulheres no mundo de hoje. Ao afirmar que querem fazer uma experiência antes de se casar estão querendo dar lugar aos sentimentos e não ao amor. O amor é maior que qualquer tipo de sentimento e "não tolera a experiência, ele exige uma doação total e definitiva das pessoas entre si".

A relação irresponsável entre um casal não garante o afeto verdadeiro e sincero entre um homem e uma mulher. O amor não pode dar lugar aos caprichos e às fantasias que a sensualidade propõe.

Cristo veio ao mundo para nos propor uma nova forma de amar. “Nisto conhecemos o que é o Amor: com o qual Ele deu sua vida por nós” (I Jo – 3, 16). O Amor que Cristo tem por nós não é banal. Ao contrario, é profundo e cheio de sentimentos positivos. Ele deu a Sua vida por todos nós, não poupou sacrifícios e se entregou completamente ao morrer numa cruz para que compreendêssemos o que significa amar.

Como saber se estamos realmente amando ao próximo como Cristo nos propõe? A ternura presente na vida de um casal não é somente um sentimento. Esta ternura se traduzirá em estar sempre ao lado da pessoa amada, tanto nas horas tristes, como nas horas alegres, principalmente quando houver dificuldades e tentações.

O sim de um esposo à pessoa amada é o que marca a diferença. Este sim que se realiza 24 horas ao dia. São Paulo nos expressa numa de suas cartas: “quem nos separará do Amor de Cristo?” (Rom 8, 35) Da mesma maneira um matrimônio que tem seus fundamentos em Deus poderá exclamar: “quem nos separará...?”

“Deus, que criou o homem por amor, também o chamou para o amor, vocação fundamental e inata de todo ser humano. Tendo-os Deus criado homem e mulher, seu amor mútuo se torna uma imagem do amor absoluto e indefectível de Deus pelo homem. Esse amor é bom, muito bom, aos olhos do Criador, que é Amor.” (CIC - 1604)

Ternura, esta é a palavra que pode descrever o amor. É aqui onde a experiência se transforma em atos concretos, que renovam constantemente o amor que forma a unidade de um matrimônio.