quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Os mortos estão dormindo?


Os que sustentam a crença da "dormição da alma" dizem que quando uma pessoa morre entra, então, em um estado de inconsciência que durará até a segunda vinda de Cristo. Alguns, inclusive, usam esse argumento para negar que os santos no céu podem interceder por nós, vez que supostamente estariam dormindo.

Isaías 14, 9-10 nos diz que os mortos estão ativos e falando; portanto, conscientes: "Sob a terra, o reino dos mortos se agita por ti, para dar-lhe as boas vindas; desperta as sombras de todos os grandes da terra e levantam-se dos seus tronos os reis dos povos. Todos se dirigem a ti e dizem: 'Tu também foste atirado ao solo e agora és idêntico a nós".

Em 1Pedro 3,19, Jesus prega às almas na prisão. Por que pregar-lhes se estavam... dormindo? Na história de Lázaro e o rico epulão (Lucas 16,19-31), Jesus nos mostra que os mortos estão conscientes.

Se os mortos estão inconscientes, pode-se perguntar como é que Jesus falou com [um] deles durante sua transfiguração (Mateus 17,3) e como eles podem oferecer nossas súplicas a Deus (v. Apocalipse 5,8), ou como eles podem se dirigir em alta voz para Deus (Apocalipse 7,10), ou como essas almas dormentes e inconscientes podem clamar "com uma voz bem forte: 'Santo e Justo Senhor: até quando esperarás para fazer justiça e vingar nosso sangue aos habitantes da terra?'" (Apocalipse 6,10). Quão forte é essa exclamação para quem se encontra inconsciente!

Em poucas palavras: como vemos, a Bíblia NÃO ensina que os mortos estão inconscientes, muito pelo contrário. Os que faleceram estão bem conscientes e até mais vivos que nós, nos envolvendo como "uma grande nuvem de testemunhas" (Hebreus 12,1).

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Mediação única de Cristo.

Em que consiste a MEDIAÇÃO única de Cristo?

Basta ler até o fim: 'Porque há um só Deus e só há um mediador entre Deus e os homens, que é Jesus Cristo homem, QUE SE DEU A SI MESMO PARA REDENÇÃO DE TODOS' (1o. Timóteo, II, 5-6).

É como REDENTOR que Cristo é único mediador. Pois só Cristo é Deus e homem, e portanto só Cristo tem méritos suficientes para satisfazer a justiça Divina, pois é Deus, e só Cristo é ao mesmo tempo homem, e portanto pode pagar o pecado pelos homens.

Como REDENTOR, que tira o pecado do mundo, só Cristo é mediador.

Na Bíblia em momento algum fala-se que é inútil a oração da Igreja para a conversão dos fiéis. Através do batismo somos todos unidos ao Corpo Místico de Cristo (I Cor 12,12), remidos do pecado original. Assim, somos um só corpo no amor de Deus.

Se somos uns só corpo, não há diferença entre mortos e vivos no que se refere à capacidade de orarmos uns pelos outros, pois nosso tesouro escondido está no alto. Ora, se assim é, então todos os membros se beneficiam com a oração dos membros da Igreja e por isso, Nossa Senhora como Mãe da Igreja também ora por seus filhos.

Maria é medianeira de todas as graças, pois conforme já mostrado e também afirmado por diversos santos, doutores e papas; é Mãe de Cristo e como somos parte do corpo d’Ele, Maria é nossa mãe. Se a graça provém do Verbo, logo a graça passa por Maria, mãe do Verbo. Dessa maneira a Igreja crê que as graças obtidas pelos fieis, chegam também pelas mãos imaculadas da Virgem Santíssima, pois que a ela pode-se recorrer, ante a mediação única que exerce o Senhor Jesus junto ao Pai (I Tm 2,5).

O fato da Palavra de Deus, citar Jesus como único mediador entre Deus e os homens não acaba com a co-mediação de outros, inclusive Maria. Como somos parte do Corpo de Cristo que é a Igreja, assim somos todos comediadores e por isso a intercessão tem valor. Muito mais valor e muito mais força tem a oração dos que já estão em comunhão plena com Deus na visão beatifica. Maria sempre esteve em comunhão, pois jamais conheceu o pecado e por isso, a intercessão de Maria é a intercessão que excede a petição de todos os demais bem aventurados.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Maria, Mãe de Deus ou de Jesus?


“A Virgem Maria não é a Mãe de Deus, como dizem os protestantes. Ela é a mãe de Jesus Cristo”. Será?
Se isto é o que eles acreditam, então eles criaram vários erros.
1. Em (João 1,1) diz o seguinte,” No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus” e em (João 1,14) diz: ” E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” Estes dois versos dizem que Deus foi feito carne. A substância da carne de Deus na segunda pessoa, que é Jesus Cristo, veio de onde? Veio de Maria!
2. Quantas pessoas é Jesus Cristo? Uma ou duas? Para acreditar que Maria só deu à luz a Jesus Cristo humano, os protestantes estão dividindo Jesus Cristo em dois, um Jesus humano e um Jesus Divino. Aí está um erro doloroso. Para provar ao contrário, é só conferir na própria Bíblia, em (Filipenses 2,5-7) onde notamos um Deus que é um homem, é também um homem que é Deus. Jesus Cristo é um, e não dois. Lembremo-nos também quando Tomé chama Jesus de”Meu Senhor e meu Deus”, (João 20,28) .
3. Os protestantes ao negar Maria como Mãe de Deus, estão refutando(Lucas 1, 43) da qual, Isabel fala com as palavras dada a ela pelo Espírito Santo.“Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?”
É importante deixar bem claro que Maria gerou o Homem – Deus(Romanos 9,5) “e todos os Anjos o adoram” (Hebreus 1,6). Maria é, realmente, mãe de Jesus Cristo, homem e Deus, conforme o testemunho da Escritura(Gálatas 4,4). Ela torna-se a mãe da pessoa de Jesus, na plenitude de seu ser humano e divino. Por exemplo: Jesus não disse ao filho da viúva: ”a parte de mim que é Divina te diz: Levanta-te! ” Jesus fala simplesmente ”Eu te digo: Levanta-te”. Na cruz, Jesus não disse: ”minha natureza humana tem sede” mas exclama:”tenho sede”.
Podemos e devemos chamar a Virgem Maria ”Mãe de Deus” porque o termo da maternidade não é a natureza, mas a pessoa. E a Pessoa em Cristo é a 2ª da Santíssima Trindade, o Filho. Em Maria se realiza, pois este mistério: ser Ela “Mãe de Deus e de Deus filha. Ela participa do mistério do seu Filho, que é Deus e Homem ao mesmo tempo.
Assim como (Gênesis 3,2-7) apresenta a mulher (Eva) envolvida com o tentador e o pecado para a ruína do gênero humano, assim (Gênesis 3,15)apresenta a mulher (Eva feita Mãe da Vida por excelência ou Eva plenamente realizada em Maria) intimamente associada ao Messias na obra de Redenção do gênero humano. Assim a mulher (Eva, Mãe da Vida), que introduziu o pecado no mundo, será também a introdutora da Salvação ou do Salvador no mundo. O papel de Eva é recapitulado por Maria.
Eva é portadora da desobediência e da morte com o seu ”não” a Deus; Maria, ao contrário, traz a fé, alegria e a vida com o seu ”sim”. O Anjo mau falou à mulher infiel a Deus, o Anjo Gabriel falou à mulher fiel a Deus; no primeiro caso, a mulher colabora para a morte; no segundo caso, a mulher (a nova Eva, a verdadeira Mãe da vida) colabora para a vida.
“Podemos assim dizer que Maria é o templo do Senhor, o Sacrário do Espírito Santo. O tabernáculo e a Arca da Aliança, são figuras da Virgem Maria. Ela é o sacrário vivo do Espírito Santo, porque se tornou a Mãe do verbo Encarnado. Basta percorrer as páginas das Escrituras para ver que Deus não habita no meio do pecado”.
Portanto, Maria foi pensada, amada e predestinada para ser o templo do Espírito Santo e Mãe do Deus Encarnado.
Se Maria fosse somente um instrumento ou uma mulher comum, como se afirma no protestantismo, o próprio demônio poderia se apresentar a Jesus e dizer: ”Onde está sua honra e sua glória?”
Sem sombra de dúvidas, a Bíblia a Tradição e o Magistério da Igreja, deixa bem claro que a Virgem Maria é Mãe de Deus. É claro que não podemos esquecer que, Ela não é Mãe de Deus na Primeira Pessoa, e sim na segunda Pessoa que é Jesus Cristo.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Maria, Caminho perfeito para Jesus.

Quando Maria nos ampara não cais, quando te protege não temes, quando te conduz não te canses: quando te é favorável chegues ao porte da salvação (S. Bernardo).

Mesmo que se traçasse uma estrada nova para ir à Jesus Cristo e esta estrada fosse ladrilhada com todos os méritos dos beatos, decorada com todas as suas heróicas virtudes, clareada e embelezada com toda a luz e a beleza dos Anjos, e se tivessem todos os Anjos e Santos para conduzir, defender e suportar aqueles que querem caminhar nela: na verdade, eu digo ardentemente que preferirei a esta estrada, assim perfeita, à estrada imaculada de Maria: "Fez íntegro o meu caminho" (Sal 18,33). É um caminho sem nenhuma mancha, nem imundície, sem pecado original nem atual, sem sombras nem escuridão..

Tu deves te convencer que quanto mais terá Maria nas suas orações, contemplações, ações e sofrimentos, se não com um olhar distinto e consciente, pelo menos com um geral e imperceptível, encontrarás em perfeição Jesus Cristo, o qual está sempre com Maria, grande, potente, operante e incompreensível, e isto mais ainda que no céu e em qualquer outro criatura do universo. Assim Maria, toda perdida em Deus, não se transforma em um obstáculo aos perfeitos para alcançar a união com Jesus Cristo nosso Senhor.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O Amor não tolera experiência

Escutam-se nos dias de hoje frases como esta: “é preciso conhecer bem o outro antes de assumir um compromisso”. Ou ainda: “o casamento é para sempre e aprisiona e eu não estou preparado para me atar definitivamente”.

"Muitos reclamam hoje uma espécie de direito à experiência quando há intenção de se casar". Esta frase que se encontra no número 2391 do catecismo da igreja católica mostra a realidade afetiva de vários homens e mulheres no mundo de hoje. Ao afirmar que querem fazer uma experiência antes de se casar estão querendo dar lugar aos sentimentos e não ao amor. O amor é maior que qualquer tipo de sentimento e "não tolera a experiência, ele exige uma doação total e definitiva das pessoas entre si".

A relação irresponsável entre um casal não garante o afeto verdadeiro e sincero entre um homem e uma mulher. O amor não pode dar lugar aos caprichos e às fantasias que a sensualidade propõe.

Cristo veio ao mundo para nos propor uma nova forma de amar. “Nisto conhecemos o que é o Amor: com o qual Ele deu sua vida por nós” (I Jo – 3, 16). O Amor que Cristo tem por nós não é banal. Ao contrario, é profundo e cheio de sentimentos positivos. Ele deu a Sua vida por todos nós, não poupou sacrifícios e se entregou completamente ao morrer numa cruz para que compreendêssemos o que significa amar.

Como saber se estamos realmente amando ao próximo como Cristo nos propõe? A ternura presente na vida de um casal não é somente um sentimento. Esta ternura se traduzirá em estar sempre ao lado da pessoa amada, tanto nas horas tristes, como nas horas alegres, principalmente quando houver dificuldades e tentações.

O sim de um esposo à pessoa amada é o que marca a diferença. Este sim que se realiza 24 horas ao dia. São Paulo nos expressa numa de suas cartas: “quem nos separará do Amor de Cristo?” (Rom 8, 35) Da mesma maneira um matrimônio que tem seus fundamentos em Deus poderá exclamar: “quem nos separará...?”

“Deus, que criou o homem por amor, também o chamou para o amor, vocação fundamental e inata de todo ser humano. Tendo-os Deus criado homem e mulher, seu amor mútuo se torna uma imagem do amor absoluto e indefectível de Deus pelo homem. Esse amor é bom, muito bom, aos olhos do Criador, que é Amor.” (CIC - 1604)

Ternura, esta é a palavra que pode descrever o amor. É aqui onde a experiência se transforma em atos concretos, que renovam constantemente o amor que forma a unidade de um matrimônio.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Doença Dominical

O grande pecado nos tempos que correm é a violação da santidade do domingo. Há cristãos que chegaram ao estado absurdo, de ficar em paz com sua consciência, não participando da santa Missa de domingo. Digo para vocês: quem chegou a este estágio, que se cuide: o atestado de sua morte espiritual já foi emitido por Jesus, o Médico Celeste. Ai de quem recebe este atestado!
Pelo mundo inteiro a Nossa Senhora tem dito que: “cometem-se mais pecados nos domingos do que nos outros dias da semana”. E isso é verdade! E grande parte deles acontece devido à falta da Missa de preceito, e da comunhão em estado de graça. Há também os inumeráveis sacrilégios cometidos pelos que comungam em pecado grave.



Sem Missa e sem obras de caridade no Dia do Senhor, acaso alguém que se diga católico pode ficar com a sua consciência tranqüila? Se Deus fosse ouvir os falsos queixumes de enfermidades, para o não comparecimento às igrejas aos domingos, não caberiam nos hospitais os simuladores.


Chamamos a isso: doença dominical!

Eis aqui listados SEIS tipos de pessoas propensas a contrair esta terrível doença! Falamos dos que alegam mais ou menos assim:


1º - Eu rezo do meu jeito e Deus me entende!
       O mentiroso: De fato este não reza é nunca!
2º - O padre é muito mais pecador que eu!
       O cínico: Bota a culpa nos padres, dos pecados que ele mesmo tem!
3º - Não precisa ir a igreja pra rezar, Deus está em todo lugar!
       O sarcástico: Quem não reza na igreja, não reza também em família;
4º - Se for à igreja eu faço mais pecados que aqui;
       O “santo”: Se for para blasfemar contra a Igreja e o padre, melhor não ir mesmo!
5º - Não vou lá Igreja pra ver aquela gente falsa comungando;
       O falso: se ele fosse, também ele falso em dobro, iria comungar também!
6º - Não vou lá porque ficam olhando só as roupas da gente!
       O descarado: justamente aquilo que ele (ela) faz, quando vai à Igreja!


Viram os indicativos? Mentiroso, cínico, sarcástico, falso santo, verdadeiro falso, e descarado! Com este “currículo” invejável, você acha mesmo que esta pessoa tem ainda parte com Deus? Vejam:  


Inegavelmente, a “doença dominical” é uma enfermidade própria dos maus católicos, e exatamente este diagnóstico – tal “doença” só ataca nos domingos e dias santos – é a chave para se descobrir a saúde espiritual de cada um deles. Ou de gente cínica que se diz católico!


Eis os QUATRO “indicativos” mais comuns da doença dominical:


1.º - Não interfere com o apetite.
        A pessoa está doente para não ir a Missa, mas nunca perde a vontade de comer. Aliás, domingo é para milhares o dia do famoso churrasco em família! E dia de beber “socialmente”!... Até cair de porre!


2.º - Nunca dura mais que 24 horas, em cada período.
        Os sintomas da doença passam logo depois que bateu o sino de entrada e ele diz: agora é tarde! Não gosto mesmo de chegar à Igreja depois que o padre começou a reza!


3.º - Nenhum médico precisa ser chamado.
        Não, porque a consulta custa caro, e “não estou ai para dar dinheiro a médicos, porque a “dor” vai logo passar”. Basta passar um pouco de anestésico na consciência! E nisso o capeta é mestre! E como ele ajuda!


4º - Ataca proporcionalmente 80% dos homens e 20% das mulheres!
       Basta fazer a estatística em cada capela deste país, e isso ficará claro. Pior é que, neste caso, esta doença acaba por contaminar a 100% dos filhos destes!


MAS ATENÇÃO: Eis os DOIS perigos maiores desta gravíssima doença:


1.º - É doença muito contagiosa.
        Doença maligna que passa de pai para filho, e não falha. Basta que o pai não vá à Missa, para que o filho se também sinta plenamente desobrigado de ir. Tal pai, tal filho! Sim, ela passa também para os parentes e amigos com muita facilidade!


2.º - É sempre fatal, no término da vida, para cada alma...
        É como veneno mercurial e cumulativo: quando chega a dose exata no organismo, a alma morre, e para sempre... Do avô, do pai, do filho! Sim, e certamente são os pais RELAPSOS as maiores vítimas fatais.


REGRA GERAL: esta doença ataca subitamente este percentual, no domingo, sempre pela manhã, a despeito do paciente não sentir nenhum mal-estar no sábado à noite, quando estava na festa com os amigos, nos bailes, ou em lugares piores.


No domingo ele se levanta saudável e toma um suculento café, pela manhã. O ataque da doença ocorre geralmente às 8:00 horas e às vezes permanece até ao meio-dia... Isso pode variar de cidade, em cidade, depende do horário da Missa! Mas o interessante é que quase sempre depois que terminou o eco do último sino da capela, já alivia a dor... E como doía!


À tarde, o enfermo experimenta uma grande melhora, a ponto de ler os jornais dominicais, sair depois para uma volta pela cidade... Ao chegar a sua casa, serve-se de um lauto jantar e ele diz:


ATENÇÃO: em algumas cidades a Missa de domingo é à noite! Nestes casos é comum a doença recrudescer nesta hora! Então, subitamente a doença reaparece e o paciente se torna um inútil: fica sonolento, sente cansaço, ou dor de cabeça, e isso vai até as 22:00 horas, quando de súbito obtém uma cura radical! Milagrosa!... Depois que a Missa acabou! Ufa! Quase não consegui sufocar minha consciência!


Na segunda-feira, o paciente está completamente recuperado e segue fagueiro e pontualmente para as suas atividades normais. Naturalmente “cheio de desgraças”! Tem uma semana repleta de problemas: doenças na família, a sogra incomoda, a cunhada fala demais, ou acontecem brigas entre o casal e ou entre pais e filhos, ou os filhos se tornam rebeldes e até drogados!... Um caos!


E então falta dinheiro, e falta comida, e falta emprego e falta moradia!... Estas são as “graças” que o pobre “paciente” recebe, por haver trocado o remédio salvador da Santa Missa dominical e obrigatória, pelo churrasco deletério com amigos. Afinal, é este o “preço” que satanás cobra pela tão comum, “festa dominical”.


Acham mesmo que o Deus que instituiu o Domingo como Sagrado, e como o Seu Dia especial, não deveria deixar morrer, imediatamente, este tipo de doente? Que o Senhor os julgue, mas ponha cara de pau nisso!


Entretanto, tudo tem solução e nossa Igreja não poder morrer por causa destes quase defuntos espirituais, e então proponho uma campanha: vamos instituir o: Domingo Sem Desculpas.


Para aqueles que têm sempre uma boa desculpa para matarem as Missas de domingo, temos uma ótima notícia: A sua Igreja Católica a partir de hoje estará preparada, e acontecerá no próximo fim de semana! E não tem desculpas!


Não percam! Vejam só as ofertas da Igreja para este dia:


01 – Camas bem macias, com travesseiro de plumas,  para aqueles que dizem que o domingo é o único dia em que podem dormir até mais tarde.
02 - Capacetes de aço para aqueles que dizem: “Se eu entrar numa igreja o teto cai na minha cabeça”.
03 – Cobertores fofinhos, para aqueles que acham a igreja muito fria.
04 – Ar condicionado silencioso, para aqueles que acham a igreja muito quente.
05 – Poltronas macias, para os que acham que o banco da igreja é muito duro;
06 - Aparelhos de surdez para os que acham que o padre fala muito baixo.
07 - Protetores de ouvido para os que acham que o padre grita muito.
08 – Regulador de horas: para quem diz que o padre fala tempo demais;
09 - Parentes passeadores de ocasião – outros doentes dominicais – à disposição para aqueles que gostam de receber visitas aos domingos. O encontro é na Igreja!
10 - Pratos congelados para as donas de casa que não podem passar um só domingo sem esmerarem o “jantar em família”! Que muitas vezes sai queimado!...rss!
11 - Um jardim super ecológico na porta da igreja para os que trocam Jesus, Deus Vivo, a Eucaristia, pelo deus natureza e ecologia: teremos gramados, árvores e pássaros. Naturais, é claro! E tudo de graça, não precisa pagar entrada!
12 - Se isso tudo não adiantar, a igreja estará toda enfeitada com a decoração de natal, para receber aqueles que nunca vieram a igreja, a não ser em batizados e casamentos!
13 – Sim, não nos esqueçamos do Livro de Chamadas, para anotar o nome dos faltosos. Acaso estará ainda vindo a metade dos católicos?


Enfim, teremos também cartelas e lápis para anotar o placar dos hipócritas presentes. Sim, porque nem o diabo consegue afastar a todos. Entre os hipócritas, incluo aqueles que vão a Missa xingando, obrigados – de mau humor – e achando que Deus precisa deles para alguma coisa. Ou achando que fazem demais para Deus, e se acham credores de alguma coisa!


Entre estes, incluo: Os esposos que vão a Missa apenas porque se não forem “a mulher fica xingando o tempo todo”. Os filhos que vão amuados, porque se não forem “os pais não param de pegar no pé”. Também aqueles que vão apenas porque “todo mundo vai” e fazem da Missa um acontecimento social e não um encontro com Jesus.


Falemos agora sério, e muito sério! E então pergunto ás mulheres e homens:
 Quantos, entre os que ainda vão a Missa aos domingos, quantos vão mesmo, movidos por um verdadeiro, contagiante e profundo amor a Jesus Eucarístico?


Quantos são aqueles que vão, humilde e amorosamente, contritos e humilhados, para agradecerem pelos imensos benefícios e graças recebidas durante a semana que passou, e pedirem a bênção de Deus para a próxima semana que se inicia?


Quantos são os que vão à Missa, mas com a alma limpa? Com o coração contrito e humilhado, falo dos que recebem Jesus de forma digna: em estado de graça, com a confissão em dia?
Quantos vão lá, e estando conscientes de estarem em pecado grave, e que não tendo se confessado antes, têm a consciência de que não devem comungar, e não vão, porque sabem que seria sacrilégio e sua condenação?


Quantos vão lá, e que, mesmo sabendo que estão em pecado grave, ainda assim têm a coragem temerária de receber Jesus indignamente, porque têm vergonha de ficar no banco e as pessoas acharem que são pecadores?


Quantos são aqueles que se aproveitam do incrível mistério da Santa Missa, independente do padre que a celebra, do grupo de canto, dos ministros e ministras, sabendo que, de fato, Jesus é seu verdadeiro – e eterno – celebrante?


Quantos vão lá, de coração ardente, apenas para ver e estar com Jesus, nosso Deus e Senhor, conscientes de que na Eucaristia Jesus não apenas está presente, porque de fato Jesus é a Eucaristia? Sim, sabendo que Jesus é a Missa viva!
Quantos são, entre todos os que ainda assistem e vivem a Missa, aqueles que, se pudessem, passariam o domingo inteiro em companhia de Jesus, presente no Sacrário, e conversando com ele?


Quantos são aqueles, que têm consciência de que a Missa é o próprio Céu na terra e que conseguem sentir ali a presença de Deus, dos anjos, de Nossa Senhora, dos santos e das almas do Purgatório, na verdadeira liturgia celeste?


Assim, sei que estes poucos que ainda não foram atacados pela doença dominical sabem que: O Domingo é o Dia do Senhor

Diz o ditado popular: Domingo sem missa semana sem graça.
Imaginem agora isso: se Deus fosse distribuir as graças durante a semana, mas em função dos que vencem a doença dominical, será que não se teria de mudar este ditado para: domingo sem missa, semana de desgraça!?

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Seguir Jesus é estar em comunhão com a Igreja.

Seguir Jesus na fé é caminhar com Ele na comunhão da Igreja. Não se pode seguir sozinho. Quem cede à tentação de seguir por conta própria ou de viver a fé conforme a mentalidade individualista, que predomina na sociedade, corre o risco de não encontrá-la ou de acabar seguindo uma imagem falsa dela.                 
A Igreja "não é uma simples instituição humana, como outra qualquer, mas está estreitamente unida a Deus". "Não se pode separar Cristo da Igreja, assim como não se pode separar a cabeça do corpo. A Igreja não vive de si mesma, mas do Senhor".

Para que "cresça" a amizade dos jovens com Cristo, é "fundamental" que façam parte das paróquias, comunidades e movimentos, "assim como a participação na missa dominical, a recepção frequente do sacramento do perdão e o cultivo da oração e meditação da palavra de Deus".

"Sejam testemunhas valentes e sem complexos. Não tenham medo de ser católicos, dando sempre testemunho disso a sua volta com humildade e sinceridade. Que a Igreja encontre em vocês os missionários dignos do Evangelho".

Papa Bento XVI

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O que devo fazer para ser um bom Católico?

"Um jovem aproximou-se de Jesus e lhe perguntou: Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?"
(Mateus, 19,16)

A pergunta do Evangelho não contempla apenas o futuro. Não trata apenas de uma questão sobre o que acontecerá após a morte. Há, ao contrário, um compromisso com o presente, aqui e agora, que deve garantir autenticidade e conseqüentemente o futuro. Numa palavra, a pergunta questiona o sentido da vida. Pode por isso ser formulada assim: que devo fazer para que minha vida tenha sentido? Ou seja: como devo viver para colher plenamente os frutos da vida? Ou ainda: que devo fazer para que minha vida não transcorra inutilmente?

Jesus é o único capaz de nos dar uma resposta, porque é o único que nos pode garantir vida eterna. Por isso também é o único que consegue mostrar o sentido da vida presente e dar-lhe um conteúdo de plenitude.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Igreja Católica fundada por Jesus Cristo

A principal prova pela qual sabemos que a Igreja Católica de hoje é a Igreja fundada por Jesus Cristo é a continuidade da Igreja desde o tempo dos apóstolos. Esta afirmação não implica a afirmação de que a Igreja Católica de hoje se assemelhe exactamente à dos primeiros cristãos, mas que a Igreja Católica de hoje tem vindo a evoluir de forma contínua a partir da Igreja primitiva. Esta evolução tem uma coerência orgânica, como a de uma planta que cresce a partir de uma semente. 

Essa coerência e continuidade da Igreja através da história pode ser vista, em primeiro lugar, da maneira que os primeiros relatos cristãos se referem à "Igreja Católica", a palavra "católico" (katholikos), que significa ‘universal’, ‘completo’ e ‘todo’. 
Cerca do ano 107 d.C., por exemplo, Santo Inácio, que foi bispo de Antioquia, escreveu: “Onde quer que se apresente o bispo, ali também esteja a comunidade, assim como a presença de Cristo Jesus também nos assegura a presença da Igreja Católica.” (Carta aos Esmirnenses, 8). Santo Inácio, que liga a presença de Jesus Cristo com a Igreja Católica neste texto, refere-se noutra parte à Igreja de Roma como "presidindo" ao amor. 

Uma segunda marca da continuidade é a estrutura da Ordem: Santo Inácio também se refere a bispos, sacerdotes e diáconos, essencialmente com a mesma estrutura da Ordem que existe na Igreja Católica de hoje. Além disso, o cargo de Bispo de Roma, que geralmente é referido hoje como o Papa, não é uma invenção moderna, mas também pode ser rastreada até ao início da Igreja. Nas Escrituras, Pedro é apontado como tendo um papel especial de entre todos os apóstolos (cf. Mt 16,18) e as escrituras da Igreja primitiva realçam a continuidade deste serviço pelos seus sucessores. 
Em 180 d.C., Santo Ireneu relata que a Igreja de Roma tinha mantido uma sucessão permanente de bispos desde o tempo da sua fundação pelos apóstolos Pedro e Paulo e que é essencial que cada igreja local seja unida com a Igreja de Roma, tendo em conta a sua "autoridade preeminente" (Contra as Heresias, III.3). Unicamente na actualidade, no entanto, apenas a Igreja Católica continua a manter essa comunhão com o Bispo de Roma.
Em contrapartida, a grande maioria das outras comunidades cristãs de hoje, agora com muitos milhares, tendem a fragmentar-se facilmente e têm geralmente muito menos do que cinco séculos de idade. Assim, não obstante as muitas imperfeições morais e outras dos seus membros individuais, há, portanto, uma continuidade orgânica única entre a Igreja Católica de hoje e a Igreja dos primeiros cristãos. 
No século XIX, John Henry Newman desenvolveu argumentos detalhados, que identificavam a Igreja Católica Romana com a Igreja Cristã primitiva, uma conclusão que levou Newman a ser recebido na Igreja Católica. A sua Apologia Pro Vita Sua e Palestras sobre certas dificuldades sentidas pelos anglicanos podem ser úteis para aqueles que desejam explorar as questões históricas e teológicas em detalhe.



segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Fica comigo, Senhor.

Oração para depois da comunhão.
Fica comigo, Senhor, porque és minha vida, e sem ti perco o fervor.

Fica comigo, Senhor, porque és minha luz, e sem ti reina a escuridão.
Fica comigo, Senhor, para me mostrar tua vontade.
Fica comigo, Senhor, para que ouça tua voz e te siga.
Fica comigo, Senhor, pois desejo amar-te e permanecer sempre em tua companhia.
Fica comigo, Senhor, se queres que te seja fiel.
Fica comigo, Senhor, porque, por mais pobre que seja minha alma, quero que se transforme num lugar de consolação para ti, um ninho de amor.
Fica comigo, Jesus, pois se faz tarde e o dia chega ao fim; a vida passa, e a morte, o julgamento e a eternidade se aproximam. Preciso de ti para renovar minhas energias e não parar no caminho.
Está ficando tarde, a morte avança e eu tenho medo da escuridão, das tentações, da falta de fé, da cruz, das tristezas. Oh, quanto preciso de ti, meu Jesus, nesta noite de exílio.
Fica comigo nesta noite, Jesus, pois ao longo da vida, com todos os seus perigos, eu preciso de ti.
Faze, Senhor, que te reconheça como te reconheceram teus discípulos ao partir do pão, a fim de que a Comunhão Eucarística seja a luz a dissipar a escuridão, a força a me sustentar, a única alegria do meu coração.
Fica comigo, Senhor, porque na hora da morte quero estar unido a ti, se não pela Comunhão, ao menos pela graça e pelo amor.
Fica comigo, Jesus. Não peço consolações divinas, porque não as mereço, mas apenas o presente da tua presença, ah, isso sim te suplico!
Fica comigo, Senhor, pois é só a ti que procuro, teu amor, tua graça, tua vontade, teu coração, teu Espírito, porque te amo, e a única recompensa que te peço é poder amar-te sempre mais.
Como este amor resoluto desejo amar-te de todo o coração enquanto estiver na terra, para continuar a te amar perfeitamente por toda a eternidade. Amém.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Maria Santíssima, refúgio dos pecadores

http://pazeoracoes.artews.com/imagens/nsradefesa.jpg“Uma Figura de Maria é a arca de Noé. Pois como nela acharam abrigo todos os animais da terra, igualmente sob o manto de Maria encontraram refúgio todos os pecadores, cujos vícios e pecados sensuais os tornam semelhantes aos brutos. Há uma diferença, entretanto: na arca entraram os brutos e brutos ficaram. O lobo ficou sendo lobo e o tigre ficou sendo tigre. Mas debaixo do manto de Maria o lobo é mudado em cordeiro e o tigre em pomba. Um dia viu S. Gertrudes a Maria com o manto aberto e debaixo dele muitas feras de diversas espécies: leopardos, ursos etc. Viu também que a Virgem não só não os afugentava, mas antes docemente os recebia e afagava. Entendeu a Santa que eles figuravam os míseros pecadores, acolhidos por Maria com afável amor, quando a ela recorrem.”
Senhora, não detestais a nenhum pecador, por mais asqueroso e abominável que seja. Se ele implora vossa proteção, nunca deixais de estender-lhe compassiva mão para arrancá-lo do abismo do desespero’. Bendito e para sempre louvado seja Deus, que vos fez, ó Maria amabilíssima, tão compassiva e tão benigna até para com os mais miseráveis! Infeliz de quem não vos ama, e que podendo recorrer a vós, em vós não confia! Perde-se quem a Maria não recorre, mas quem jamais se perdeu, depois de implorá-la?”

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Deixar tudo para ganhar Tudo.

O homem sempre está buscando satisfazer seus desejos e suas aspirações. Está constantemente lutando para realizar seus sonhos e alcançar aquilo que mais deseja. É uma luta ininterrupta, busca ali, busca aqui, busca em todos os lugares. Ao final se pergunta: “onde está a felicidade?”  Esta pergunta sobre a felicidade nasce do mais profundo de qualquer homem ou mulher. Todos os homens buscam ser felizes, todos querem ser felizes. Justamente este querer ser feliz que impele o homem a procurar esta “tal felicidade”.


Quando o homem encontra a “felicidade”, ele deixa tudo, vende tudo, com tal de que possa possuir esta “felicidade” somente para ele, porque pensa ter encontrado aquilo que mais almejava.

Ele deixa tudo, porque já encontrou seu tesouro. O problema está em que tipo de “tudo” ele encontrou. O que é este “tudo”? É o “tudo” que seus coração aspirava? Já está satisfeito?

Para muitos este tudo será o dinheiro, para outros a droga ou o álcool, para outros a fama, sem falar naqueles que buscam o tudo no poder, e, obviamente, não poderiam faltar aqueles que “encontram” seu tudo no sexo e nos prazeres.

Aí nos nasce uma pergunta:
Por que essas pessoas acima citadas, em um certo momento da vida se dão conta que aquele tudo que pensavam ser a solução da sua já não lhes satisfaz?

Aqueles que apoiavam sua felicidade no dinheiro, um certo dia se dão conta de que este não preenche o vazio do coração. Aqueles que eram felizes na fama, um dia se dão conta de que esta passa. Os que procuraram a felicidade na droga e no álcool, nem precisa dizer como se acabam. E, finalmente, aqueles que buscavam a felicidade somente no prazer, um dia se encontram cheios de si mesmo, vazios, tristes.

A resposta a essa incógnita é uma só: “deixar tudo para ganhar Tudo”, ou seja, deixar os bens que passam, para alcançar Aquele que não passa.

Note-se que falamos de um Tudo com maiúscula, quer dizer, Deus. É Ele, é somente Deus este verdadeiro Tudo que poderá dar-nos a verdadeira felicidade. Aqueles que encontraram este Tudo ficaram saciados. Aqueles que venderam tudo para ganhar este Tudo, são hoje e foram no passado, as pessoas verdadeiramente felizes.

“Que servirá a um homem ganhar o mundo inteiro, se vem a prejudicar a sua vida? Ou que dará um homem em troca de sua vida?” (Mateus 16,26). As palavras de Cristo não poderiam ser mais claras. De que serve ao homem lutar e fatigar-se para alcançar os bens efêmeros deste mundo se tudo isto um dia vai passar?

NÃO ADIANTA, SOMENTE DEUS, O VERDADEIRO TUDO, SÓ ELE NOS DÁ A VERDADEIRA FELICIDADE!

Feliz do homem que busque e deposite seus sonhos, desejos, anseios, enfim toda a sua vida, na verdadeira felicidade, em Deus.

Não é à-toa que São Paulo afirma: “Na verdade, julgo como perda todas as coisas, em comparação com esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo, meu Senhor. Por ele tudo desprezei e tenho em conta de esterco, a fim de ganhar a Cristo”. (Filipenses 3,8)

Deixar tudo para ganhar TUDO. Deixar o mundo para ganhar a Deus. Viver no mundo sem ser do mundo. Pés na terra, coração no céu.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Converter a cruz em caminho de amor

"Esvaziou-se a si mesmo, e assumiu a condição de servo, tomando a semelhança humana. E, achado em figura de homem, humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz!” (Fil 2, 7-8)

A cruz é difícil, e não pode deixar de ser assim, mas só é insuportável quando a vemos desde o nosso egoísmo e não a partir dos olhos daquele que pendeu nela primeiro por amor a cada um de nós.

Deus se fez um de nós, caminhou neste mundo e carregou sobre os seus ombros uma cruz que era nossa. Como dise ninguém gosta da cruz, e talvez poderíamos pensar que ninguém a merece, sobre tudo num mundo como o nosso que perdeu o sentido do certo, do errado, do amor e do pecado. A nossa experiência, porém é que não somos anjinhos que caminham neste mundo. Não somos maus, mas devemos reconhecer que falhamos e pecamos e que deveríamos reparar pelas nossas faltas. Mas não podemos esquecer que Cristo já carregou a cruz na nossa frente e que os seus sofrimentos dão sentido e valor ao nosso sofrimento.

A cruz nunca vai ser uma perspectiva atraente, mas não a carregamos sozinhos. Deus caminha à nossa frente. Ele já carregou a sua cruz por nós e pede que carreguemos o pequeno fardo que nos compete, pois Ele já os aliviou. Fugir da cruz não é uma perspectiva possível, precisaríamos deixar de ser humanos para poder escapar. O segredo não está em fugir, mas em converter a cruz em caminho de amor.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A Justiça é a finalidade do perdão

O perdão é a característica do cristianismo. Mas ele é verdadeiro se precedido do arrependimento. Do alto da Cruz o pedido do Salvador teve consequências positivas em favor apenas daqueles que o acolheram, reconhecendo-se pecadores. A perene disposição de perdoar não está em contradição com medidas corretivas, aplicadas com justiça, na certeza de que assim se propiciará a transformação daquele que erra.

“Cristo põe em realce com tanta insistência a necessidade de perdoar aos outros que a Pedro, quando este lhe perguntou quantas vezes devia perdoar ao próximo, indicou o número simbólico de ‘setenta vezes sete’, querendo indicar com isso que deveria saber perdoar a todos e a cada um e todas às vezes. 
É óbvio que a exigência de ser tão generoso em perdoar não anula as exigências objetivas da justiça. A justiça bem entendida constitui, por assim dizer, a finalidade do perdão. Em nenhuma passagem do Evangelho o perdão, nem mesmo a misericórdia como sua fonte, significa indulgência para com o mal, o escândalo, a injúria causada, ou o ultraje feito. Em todos estes casos, a reparação do mal e do escândalo, o ressarcimento do prejuízo causado e a satisfação pela ofensa feita são a condição do perdão” 

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Maria, Mulher Eucarística.

Maria não podia deixar de estar presente nas celebrações eucarísticas, no meio dos fiéis da primeira geração cristã. 

Maria é Mulher Eucarística na totalidade de sua vida. A Igreja, vendo em Maria seu modelo, é chamada a imitá-la também em sua relação com este mistério santíssimo. O olhar extasiado de Maria, quando contemplava o rosto de Cristo recém-nascido e o estreitava em seus braços, não é porventura o modelo inatingível de amor a que se devem inspirar todas as nossas comunhões eucarísticas? 

Impossível imaginar os sentimentos de Maria ao ouvir dos lábios de Pedro, João, Tiago e os restantes dos apóstolos as palavras da Última Ceia: "Isto é Meu Corpo que vai ser entregue por vós." (Lc 22,19) 

Aquele corpo, entregue em sacrifício e presente agora nas espécies sacramentais, era o mesmo corpo concebido no seu ventre! "Maria viveu a dimensão sacrifical da Eucaristia".

"Maria é modelo, sobretudo, daquele culto que consiste em fazer da própria vida uma oferenda a Deus."  

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Negar a maternidade divina de Maria é negar a redenção

Jesus enquanto plenamente Deus não era descendente de ninguém, pois procede do Pai e com o Pai e o Espírito Santo, forma apenas um. Entretanto, negar a maternidade divina de Maria é negar a redenção. Se as naturezas humana e divina de Jesus fossem separadas, então o sacrifício na cruz não teria servido para nada. Nosso Senhor teria morrido em vão.


Os sacrifícios do Antigo Testamento não limpavam a mancha do pecado, que é uma ofensa infinita a Deus. Eles apenas limpavam parcialmente. Ora, se o pecado é uma ofensa infinita a Deus, então há necessariamente que ter um sacrifício infinito capaz de limpar os pecados da humanidade.

Se a natureza humana de Jesus é distinta da natureza divina, como alegaram diversas correntes heréticas no decorrer da História, quem morreu na cruz foi um homem, pois a divindade não morre. Se quem morreu na cruz é um homem, então o pecado não foi remido, pois se assim fosse, qualquer homem que fosse oferecido em sacrifício teria sido suficiente para redimir os pecados da humanidade. Tomando este raciocínio os concílios da Igreja, condenaram tais teses.

Muito diferente, entretanto, foi o Santo Sacrifício de Cristo. Ele, morrendo na cruz, de uma vez por todas venceu o pecado através de sua morte e ressurreição. Então, quando Maria gerou Jesus, ela gerou de fato um ser plenamente homem e plenamente Deus, cujas naturezas são inseparáveis és a doutrina sempre professada pela Igreja.

Dessa maneira, o Sacrifício de Cristo foi um sacrifício infinito, pois foi um sacrifício de um Deus que se fez homem em tudo, exceto no pecado. Sendo infinito, esse sacrifício lavou nossas culpas e nos fez filhos de Deus.

Portanto, se Nossa Senhora não é Mãe de Deus, as naturezas humana e divina de Nosso Senhor têm que ser distintas e certamente o sacrifício teria sido inútil, tomando este raciocínio o Arianismo, negou a maternidade divina de Maria e o uso do título, Mãe de Deus.

No entanto o Concílio de Éfeso em 431 d.C. confirmou dogmaticamente a Maternidade divina de Maria. Assim as naturezas humana e divina de Jesus estão unidas, foram geradas no corpo de Cristo no ventre de Maria Santíssima, tornando possível a redenção.

As mães de todos nós não são capazes de gerar almas, pois a alma quem gera é Deus. Entretanto, essa incapacidade não tira delas o título de mães nossas. De forma semelhante, Maria por não ser Mãe de Cristo enquanto Deus anterior a Maria; não tira dela o título de Mãe de Deus, pois Jesus Cristo é ao mesmo tempo tão humano que teve de ser gerado por uma mulher e tão Deus que nos remiu de nossos pecados.