quinta-feira, 28 de julho de 2011

Negar a maternidade divina de Maria é negar a redenção

Jesus enquanto plenamente Deus não era descendente de ninguém, pois procede do Pai e com o Pai e o Espírito Santo, forma apenas um. Entretanto, negar a maternidade divina de Maria é negar a redenção. Se as naturezas humana e divina de Jesus fossem separadas, então o sacrifício na cruz não teria servido para nada. Nosso Senhor teria morrido em vão.


Os sacrifícios do Antigo Testamento não limpavam a mancha do pecado, que é uma ofensa infinita a Deus. Eles apenas limpavam parcialmente. Ora, se o pecado é uma ofensa infinita a Deus, então há necessariamente que ter um sacrifício infinito capaz de limpar os pecados da humanidade.

Se a natureza humana de Jesus é distinta da natureza divina, como alegaram diversas correntes heréticas no decorrer da História, quem morreu na cruz foi um homem, pois a divindade não morre. Se quem morreu na cruz é um homem, então o pecado não foi remido, pois se assim fosse, qualquer homem que fosse oferecido em sacrifício teria sido suficiente para redimir os pecados da humanidade. Tomando este raciocínio os concílios da Igreja, condenaram tais teses.

Muito diferente, entretanto, foi o Santo Sacrifício de Cristo. Ele, morrendo na cruz, de uma vez por todas venceu o pecado através de sua morte e ressurreição. Então, quando Maria gerou Jesus, ela gerou de fato um ser plenamente homem e plenamente Deus, cujas naturezas são inseparáveis és a doutrina sempre professada pela Igreja.

Dessa maneira, o Sacrifício de Cristo foi um sacrifício infinito, pois foi um sacrifício de um Deus que se fez homem em tudo, exceto no pecado. Sendo infinito, esse sacrifício lavou nossas culpas e nos fez filhos de Deus.

Portanto, se Nossa Senhora não é Mãe de Deus, as naturezas humana e divina de Nosso Senhor têm que ser distintas e certamente o sacrifício teria sido inútil, tomando este raciocínio o Arianismo, negou a maternidade divina de Maria e o uso do título, Mãe de Deus.

No entanto o Concílio de Éfeso em 431 d.C. confirmou dogmaticamente a Maternidade divina de Maria. Assim as naturezas humana e divina de Jesus estão unidas, foram geradas no corpo de Cristo no ventre de Maria Santíssima, tornando possível a redenção.

As mães de todos nós não são capazes de gerar almas, pois a alma quem gera é Deus. Entretanto, essa incapacidade não tira delas o título de mães nossas. De forma semelhante, Maria por não ser Mãe de Cristo enquanto Deus anterior a Maria; não tira dela o título de Mãe de Deus, pois Jesus Cristo é ao mesmo tempo tão humano que teve de ser gerado por uma mulher e tão Deus que nos remiu de nossos pecados.



quarta-feira, 27 de julho de 2011

Imagens: Proibições absolutas e proibições relativas

Há dois tipos de proibições: as proibições absolutas e as proibições relativas.


Imagine você, prezado protestante, um professor irritado com sua classe barulhenta, que lhes grita: 'Proibo que abram a boca'. 

A seguir, ele chama um dos alunos para pedir-lhe a lição, numa chamada oral. Ele pergunta uma coisa ao Zezinho, que nada responde. Pergunta outra, Zezinho mantem-se absolutamente de boca fechada. Pergunta pela terceira vez, e Zezinho fica absolutamente silencioso. O professor lhe dá nota zero.

A seguir, o professor surpreende um outro aluno comendo um sanduiche. Irritado de novo, diz que doravante proibe que comam. 
Terminadas as aulas, Zezinho vai para casa e recusa comer e falar: mantém-se de boca fechada. A mãe insiste e Zezinho se mantém inamovível; a boca dele não abre. Afinal explica por escrito porque não fala e não come: o professor proibira comer e falar. Por isso tirou zero na lição oral e recusa comer qualquer coisa.




Evidentemente, Zezinho é pouco entendedor... O professor 'proibira abrir a boca em classe', no sentido que proibia conversar, mas não repetir a lição oralmente. Ele proibira comer durante a aula, mas não em casa. As proibições do professor eram de caráter relativo, e não absoluto. O professor não dissera nenhuma contradição. Falta de inteligência indicava Zezinho ao entender proibições para a classe, durante a aula, como proibições absolutas, válidas para sempre e em todas as circunstâncias.

Da mesma forma, se Deus proibiu fazer imagens e, depois, por diversas vezes, mandou fazer imagens, como em Deus não pode haver contradição, segue-se que a proibição de fazer imagens é relativa e não absoluta.

Deus proibiu fazer imagens para adoração. Deus proibiu fazer ídolos, e não fazer imagens. 

Por isso a Igreja, que compreende e aceita tudo o que Deus disse na Sagrada Escritura e que não isola uma frase de outra, mas a todas harmoniza, a Igreja sempre permitiu o uso de imagens e sua veneração, mas nunca a sua adoração. 

Aliás, qualquer protestante, na prática diária, desobedece o que eles dizem ser a verdadeira interpretação do primeiro mandamento, porque tiram fotografias de si e de seus parentes, guardam-nas e, se têm carinho por uma pessoa, beijam sua foto.

Se eles cressem mesmo que é proibido fazer imagens, nunca poderiam tirar fotos de nada. E nem ter espelhos em casa, porque em cada espelho se formam imagens. Nem poderiam ter filhos, porque cada homem é feito à imagem de Deus.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Ave, Maria

Poucos cristão, embora esclarecidos, conhecem o valor, o mérito, a excelência e a necessidade desta oração. Foi preciso que a Santíssima Virgem aparecesse repetidas vezes a grandes santos muito esclarecidos, como São Domingos, São João Capistrano, o Bem-aventurado Alano da Rocha, para lhes mostrar o mérito desta oração. Compuseram grossos volumes sobre as maravilhas da sua eficácia na conversão das almas. 


Publicaram altamente e publicamente pregaram que, tendo a salvação do mundo começado pela Ave Maria, a salvação de cada alma em particular está ligada a esta oração. Foi esta oração que fez dar à terra seca e estéril o fruto de vida, e é esta mesma oração que, rezada com devoção, deve fazer germinar nas nossas almas a palavra de Deus, e fazer brotar o fruto de vida, que é Jesus Cristo. Disseram ainda que a Ave Maria é um celeste orvalho que rega a terra, isto é, a alma, para lhe fazer produzir fruto a seu tempo. E a alma que não for regada por esta oração ou orvalho celeste não dará fruto, mas apenas silvas e espinhos, não estando longe de ser amaldiçoada (Cfr. Heb. 6,8).

Eis o que a santíssima virgem revelou ao Bem-aventurado Alano da Rocha, conforme é referido no seu livro “De dignitate Rosarii”, e depois citado por Cartagena. “Fica sabendo, meu filho, e fá-lo saber a todos, que um sinal provável e próximo de condenação eterna é ter aversão, tibieza e negligência em rezar a Saudação Angélica, que salvou todo mundo.

Palavras tão consoladoras quão terríveis, que dificilmente se acreditariam se não tivéssemos esse santo por garantia e, antes dele, São Domingos e depois muitos grandes personagens que se lhes seguiram, com a experiência de muitos séculos. Efetivamente sempre se verificou que os que trazem o sinal da condenação, como todos os hereges, os ímpios, os orgulhosos e os mundanos odeiam e desprezam a Ave Maria nem o terço. Têm-lhes horror; preferiam trazer consigo uma serpente a um terço. Os orgulhosos, embora católicos, como têm as mesmas inclinações que seu pai Lúcifer, também desprezam ou votam indiferença à Ave Maria, considerando o terço como uma devoção para mulherzinhas, própria para os ignorantes e analfabetos. Pelo contrário, a experiência tem mostrado que aqueles e aquelas que apresentam grandes sinais de predestinação, amam, saboreiam e rezam com prazer a Ave Maria, e que quanto mais são de Deus, mais gostam desta oração. 

Foi o que a Santíssima Virgem ao bem-aventurado Alano depois das palavras que acabo de citar.
Não sei como isto se faz nem por quê, mas não deixa de ser uma realidade: não tenho melhor segredo para conhecer se uma pessoa é de Deus, do que ver se ela gosta de rezar a Ave Maria e o terço. E digo: gosta porque pode acontecer que uma pessoa esteja na impossibilidade natural ou mesmo sobrenatural de a rezar, mas sempre gosta e inspira-a aos outros.

Almas predestinadas, escravas de Jesus em Maria, ficai sabendo que a Ave Maria é a mais bela de todas as orações, depois do Pai Nosso. É a saudação mais perfeita que podemos dirigir a Maria, porque é a que o Altíssimo lhe transmitiu por um Arcanjo, a fim de lhe ganhar o coração. E foi tão poderosa, pelos encantos secretos de que está cheia, que Maria consentiu na Encarnação do Verbo, apesar da sua profunda humildade. Será também por meio desta saudação que lhe ganharemos infalivelmente o coração, se a dissemos como convém.

A Ave Maria bem rezada, isto é, com atenção, com devoção e modéstia, é, segundo os santos, a adversária que põe o demônio em fuga, e o martelo que o esmaga. É a santificação da alma, a alegria dos anjos, a melodia dos predestinados, o Cântico do Novo Testamento, o gozo de Maria e a glória da Santíssima Trindade. A Ave Maria é um orvalho do céu, que torna fecunda; é um beijo puro e amoroso que se dá a Maria. É uma rosa vermelha que se lhe apresenta, uma pérola preciosa que se lhe oferece, e um pouco de ambrósia e de néctar divino que se lhe apresenta. Todas estas comparações são dos santos.

Peço-te instantemente, pelo amor que te tenho em Jesus e Maria, que não te contentes com rezar a coroinha de Nossa Senhora, mas que rezes o terço cada dia, e mesmo, se tiveres tempo, o rosário quotidiano. Se o fizeres, bendirás na hora da morte o dia e o momento em que me acreditaste. Depois de teres semeado nas bênçãos eternas no céu: Aquele que semeia nas bênçãos, bênçãos recolherá também” (2 Cor. 9,6).

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Martírio do Papa Bento XVI

Para um mundo que vive para o prazer, para a diversão como fim único, Bento XVI nos fala, e meio à sua dor e a seu martírio, que a felicidade humana consiste, antes de tudo, não na gargalhada, não no prazer, mas no compartilhar a cruz de todos os sofredores. Especialmente em procurar compartilhar a Cruz de Cristo na alegria suave do dever cumprido. Carregar com paciência a Cruz. Bento XVI ensina a este século do desespero, que por trás da máscara do prazer está a dúvida sobre o bem da existência. Porque, toda forma de existencialismo, pretendendo tornar o homem o “Absoluto”, recusa a contingência do ser. 


A gargalhada desesperada do século XXI esconde a impotência do homem moderno de alcançar a felicidade absoluta com suas próprias miseráveis forças. Nestes dias tenebroso, deste maldito século XXI, contemplamos o duelo transcendente entre o Mundo Moderno, gnóstico e desesperado, na sua frustração absoluta de obter a felicidade apenas por meio de sua capacidade natural, contra um Papa, que vindo desse mesmo Mundo Moderno, aceitou repudiá-lo, e assumindo o lugar de Vigário de Cristo, aceitou também, não só carregar sua pesada Cruz, mas caminhar,  suavemente e decidido, para um martírio que já se aponta no horizonte e não tão longínquo.

O pecado é o motivo de tua tristeza. Deixa que a santidade seja o motivo de tua alegria.

“Retornei a mim mesmo, entrei no íntimo do meu coração sob Tua guia, e o consegui, porque Tu te fizeste meu auxilio. Entrei e, com os olhos da alma, acima destes meus olhos e acima de minha própria inteligência, vi uma luz imutável. Não era essa luz vulgar e evidente a todos com os olhos da carne, ou uma luz mais forte do mesmo gênero. Era como se brilhasse muito mais clara e tudo abrangesse com sua grandeza. 

Não era uma luz como esta, mas totalmente diferente das luzes desta terra. Também não estava acima da minha mente como o óleo sobre a água nem como o céu como a terra, mas acima de mim porque ela me fez, e eu abaixo porque fui feito por ela. Quem conhece a verdade conhece essa luz, e quem a conhece conhece a eternidade. O amor a conhece. Ó eterna verdade, verdadeira caridade e querida eternidade! És o meu Deus, por Ti suspiro dia e noite.

Desde que Te conheci, Tu me elevaste para me fazer ver que havia algo para ser visto, mas que eu era incapaz de ver. Atingiste minha vista enferma com a Tua irritação fulgurante, e eu tremi de amor e de temor. Percebi que estava longe de Ti, numa região desconhecida, e parecia-me ouvir Tua voz do alto: “Eu Sou o pão dos fortes: cresce, e de mim Te alimentarás. 

Não me transformarás em ti, como fazes com o alimento do corpo, mas te transformarás em Mim”. Compreendi, então que corrigiste o homem por sua iniqüidade e secaste a minha alma como teia de aranha. E eu disse: “Porventura deixará de existir a verdade, por não ser uma realidade difusa pelos espaços finitos e infinitos”? E Tu me gritaste de longe : “Na verdade, Eu sou aquele que sou”. E ouvi como se ouve no coração, e já não tive motivo para duvidar. Mais facilmente duvidaria de estar vivo do que da existência da verdade, a qual se apreende através das coisas criadas.”

“Há homens que se agarram a sua opinião, não por ser verdadeira, mas simplesmente por ser sua. “

“A busca de Deus é a busca da alegria. O encontro com Deus é a própria alegria.”

“É preferível a tristeza de quem suporta a iniquidade do que a alegria de quem a comete.”

“Com a corrupção morre o corpo, com a impiedade morre a alma.”

“As lágrimas são o sangue da alma.”

“Aquele que tem caridade no coração tem sempre qualquer coisa para dar. “

“Creio para compreender, e compreendo para crer melhor.”

“O coração delicado sofre menos das feridas que recebe do que das que faz.”

“A verdadeira religião nos prescreve que amemos até nossos inimigos. A verdadeira religião nos prescreve que não nos deixemos levar pela ira, mas que resistamos a ela.”

“Sê humilde para evitar o orgulho, mas voa alto para alcançar a sabedoria.”

“Não há lugar para a sabedoria onde não há paciência.”

“O que mais Deus odeia depois do pecado é a tristeza, porque nos predispõe ao pecado.”

“Simular humildade é ser soberbo. “

“Quem é bom, é livre, ainda que seja escravo. Quem é mau é escravo, ainda que seja livre. “

“A ira gera o ódio, e do ódio nascem a dor e o medo.”

“O pecado é o motivo de tua tristeza. Deixa que a santidade seja o motivo de tua alegria.”

sábado, 23 de julho de 2011

Papa Bento XVI restaura a comunhão de joelhos e na boca.

Diante de 70 mil pessoas, o Papa Bento XVI fez história no domingo durante a celebração de uma missa em Brindisi, cidade situada na região sudoeste da Itália. No momento da comunhão, o pontífice restaurou o costume de entregar a hóstia consagrada aos fiéis ajoelhados. O gesto, de forte apelo simbólico, resgatou uma tradição abandonada havia 43 anos. A partir de agora, todos os católicos escolhidos pela Santa Sé para a comunhão com o papa terão de se ajoelhar diante de um reclinatório e receber a eucaristia diretamente na boca.

Bento XVI já havia feito o mesmo na missa de 22 de maio, celebrada na Igreja de São João Latrão, em Roma. Como o número de fiéis presentes era menor, a atitude teve pouca ou quase nenhuma repercussão. ‘‘Nós, os cristãos, nos ajoelhamos diante do Santíssimo Sacramento (a hóstia) porque, nele, sabemos e acreditamos estar na presença do único e verdadeiro Deus’’, afirmou o papa, naquela ocasião.

 ‘‘Estou convencido da urgência de dar novamente a hóstia diretamente na boca aos fiéis, sem que a toquem, e de voltar à genuflexão no momento da comunhão como sinal de respeito’’, acrescentou.

A assessoria de imprensa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) afirmou que ainda não recebeu qualquer comunicado do Vaticano sobre a inclusão dos 125 milhões de brasileiros católicos na mudança litúrgica. ‘‘Resta saber se essa é uma norma ou uma orientação do Santo Padre’’, declarou a entidade. Ainda que a determinação valha apenas para fiéis que comungarem diretamente das mãos do pontífice, ela reforça a tendência de Bento XVI em recuperar partes mais tradicionalistas do ritual, que caíram em desuso com o tempo.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Oração após a comunhão

Alma de Cristo santificai-me.
Corpo de Cristo salvai-me.pregosnasmaos
Sangue de Cristo embriagai-me.
Água do lado de Cristo lavai-me.
Paixão de Cristo confortai-me.
Oh! Bom Jesus ouvi-me!
Dentro de tuas chagas, escondei-me.
Não permitas que me aparte de Vós.
Do inimigo, defendei-me.
Na hora de minha morte, chamai-me.
E mandai-me ir para Vós, para que com teus santos Vos adore, pelos séculos dos séculos. Amém.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O Culto à Santíssima Virgem

É comum vermos os protestantes acusando a Santa Igreja Católica Apostólica Romana de adorar a Santíssima Virgem Maria considerando-a uma divindade. Um rápido exame da fé católica é suficiente para demonstrar que não há fundamentos para tal acusação!

O Concílio Vaticano II, ao escrever sobre o culto ao qual a Santa Igreja honra a Virgem Maria, afirma: "Maria foi exaltada pela graça de Deus acima de todos os anjos e de todos os homens, logo abaixo de seu Filho, ser a Mãe Santíssima de Deus, como tal, haver participado nos mistérios de Cristo; por isso, a Igreja a honra com um culto especial. (...)

"Todas as gerações me chamarão de bem-aventurada, porque fez em mim grande coisas o onipotente" (Lc 1,48)

Este culto, tal como existiu sempre na Igreja, é de todo singular, mas DIFERE ESSENCIALMENTE DO CULTO DE ADORAÇÃO QUE É PRESTADO AO VERBO ENCARNADO E DO MESMO MODO AO PAI E AO ESPÍRITO SANTO, e muito contribui para ele." (Lumen Gentium, 66)

Assim, a Santa Igreja honra a Deus com um culto de adoração, que a teologia chama de "latria"; honra normalmente aos santos com um culto de veneração, que a teologia chama de "dulia"; e honra a Virgem Maria com o culto máximo de veneração, que a teologia chama de "hiperdulia". Embora a Virgem Maria se dê o culto máximo de veneração, é um culto que difere essencialmente do culto de adoração prestado à Deus, como explica o Concílio.

Este culto à Virgem Maria se expressa, entre outras formas, através do culto à Suas Santas Imagens. A acusação protestante de que a Santa Igreja Católica cai na idolatria ao cultuar as Santas Imagens também carece de fundamento, pois um estudo atento das Sagradas Escrituras mostra que Deus não proíbe em si mesma a confecção de imagens dos que estão no Céu, como os protestantes alegam. O que Deus proíbe é a idolatria às imagens que havia nas práticas dos povos pagãos (Ex 20, 1). Prova disso é que Ele mesmo ordena à seguir que se faça a imagem de dois querubins (Ex 25, 18)!

À este respeito, o Concílio Vaticano II exorta a "observar religiosamente quanto foi estabelecido no passado acerca do culto das imagens de Cristo, da bem-aventurada Virgem e dos santos." (Lumen Gentium, 67)

O Concílio se refere naturalmente ao que foi definido em Nicéia e Trento. Afirma o II Concílio de Nicéia (ano 787): "Nós definimos com todo o rigor e cuidado que, à semelhança da representação da cruz preciosa e vivificante, assim as venerandas e sagradas imagens pintadas quer em mosaico ou em qualquer outro material adaptado, devem ser expostas nas santas igrejas de Deus, nas alfaias sagradas, nos paramentos sagrados, nas paredes e mesas, nas casas, e ruas; sejam elas imagem do Senhor Deus e Salvador nosso Jesus Cristo, ou da Imaculada Senhora nossa, a Santa Mãe de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e justos. (...) Com efeito, quanto mais essas imagens forem contempladas, tanto mais os que virem serão levados à recordação e ao desejo dos modelos originários e a tributar-lhes, beijando-as, respeito e veneração. (...) A honra tributada a imagem, na realidade, pertence aquele que nela é representado; e quem venera a imagem, venera a realidade daquele que nela é reproduzido."

O Concílio de Trento (séc. XVI), por sua vez, afirma: "Quanto às Imagens de Cristo, da Santíssima Virgem e de outros Santos, se devem ter e conservar especialmente nos templos e se lhes deve tributar a devida honra e veneração, não porque se creia que há nelas alguma divindade ou virtude pelas quais devam ser honradas, nem porque se lhes deva pedir alguma coisa ou depositar nelas alguma confiança, como outrora os gentios, que punham suas esperanças nos ídolos (cfr. Sl 134, 15 ss), mas porque a veneração tributada às Imagens se refere aos protótipos que elas representam, de sorte que nas Imagens que osculamos, e diante das quais nos descobrimos e ajoelhamos, adoremos a Cristo e veneremos os Santos, representados nas Imagens.

Isto foi sancionado nos decretos dos Concílios, especialmente no segundo de Nicéia contra os iconoclastas. (...) Se alguém ensinar ou pensar de modo contrário a estes decretos — seja excomungado."

O Concílio Vaticano II, por fim, exorto "os teólogos e os pregadores da palavra divina a que, ao considerarem a singular dignidade da Mãe de Deus, se abstenham com cuidado, tanto de qualquer falso exagero, como também de demasiada pequenez de espírito." (Lumen Gentium, 67) Portanto, por um lado, se há um falso exagero naqueles que afirmam que a Virgem Maria seria a "quarta pessoa da Santíssima Trindade" ou a "encarnação do Espírito Santo" (como já ouvi!), por outro lado não podemos falar da Virgem Maria com um espírito de pequenez, como se ela fosse simplesmente uma fiel seguidora de Nosso Senhor, e ignorar aquilo que a Ela é: Virgem Mãe de Deus, Imaculada, Assunta ao Céu em Corpo e Alma, Rainha do Céu e da Terra, Medianeira de todos as Graças. Assim é a Virgem Maria, e é digna de ser venerada como tal!

Como não lembrar aqui do que São Luiz Maria Montfort escreveu à respeito do que ele chama de "devotos escrupulosos"? Assim ele escreve: "Os devotos escrupulosos são aqueles que receiam desonrar o Filho, honrando a Mãe, e rebaixá-lo se a exaltarem demais. Não podem suportar que se repitam à Santíssima Virgem aqueles louvores justíssimos que lhes teceram os Santos Padres; não suportam sem desgosto que a multidão ajoelhada aos pés de Maria seja maior que ante o altar do Santíssimo Sacramento, como se fossem antagônicos, e como se os que rezam à Santíssima Virgem não rezassem a Jesus Cristo por meio dela.

Não querem que se fale tão frequentemente da Santíssima Virgem, nem que se recorra tantas vezes a ela. Algumas frases eles a repetem a cada momento: "Pra que tantos terços, tantas confrarias e devoções exteriores à Santíssima Virgem? Vai nisso muito de ignorância! É fazer da religião uma palhaçada. Falei-me, sim, dos que são devotos de Jesus Cristo; cumpre recorrer a Jesus Cristo, pois é ele o único medianeiro; é preciso pregar a Jesus Cristo, isto sim é sólido!"

Em certo sentido é verdade o que eles dizem. Mas, pela aplicação que lhes dão, é bem perigoso e constitui uma cilada sutil do maligno, sob o pretexto de um bem maior, pois nunca se há de honrar mais a Jesus Cristo do que honrando a Santíssima Virgem, desde de que a honra que se preste a Maria não tenha outro fim do que honrar mais perfeitamente a Jesus Cristo, e que só se vai a ela como ao caminho para atingir o termo que é Jesus Cristo." (Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, 94).

terça-feira, 19 de julho de 2011

A Igreja Católica apostatou, como dizem os protestantes?


Vós dizeis que a Igreja Católica apostatou, que o paganismo, como um tufão incontrolável, lhe penetrou todos os recantos, e, qual um carrasco impiedoso, não poupou nenhum dos seus membros. A acusação é grave, e exige provas indiscutíveis. E que provas, senhores, me podereis apresentar? Eu vos direi: alegareis o culto da Virgem Maria, o purgatório, a veneração das imagens e outras tantas doutrinas e práticas que o protestantismo, no seu ódio incontido à Igreja Católica, repudiou. Ora, desde quando o repúdio do protestantismo serve como prova de alguma coisa? Direis que a Bíblia se opõe a essas doutrinas e práticas. Mas quem o disse? O protestantismo? Então voltamos para o mesmo lugar, visto que não me serve o repúdio do vosso protestantismo, assim como não vos servem as afirmações do meu Catolicismo. 
É tudo uma questão de interpretação. Se disserdes, portanto, que tais coisas são contrárias às Escrituras, eu vos responderei que não são, e, se apontardes textos que, na vossa opinião, favorecem o que sustentais, vos direi que o vosso próprio entendimento vos traiu, e indicarei mil outras passagens a contrastar com o que pensais ser a verdade. Por vossa vez, certamente me acusareis de torcer miseravelmente a Palavra de Deus. O que restará, pois? Nada além de afirmações contra afirmações e interpretações contra interpretações. Tudo findará numa contenda inútil, dessas que embrutecem o espírito e ensoberbecem a inteligência, já tão inclinada à vaidade.
Não, senhores! Devemos partir de um ponto que nos seja pacífico, de uma premissa que todos admitamos. Somente assim saberemos com quem está a verdade e onde reside o erro.
Afirmais a paganização da Igreja, e eu não me incomodo em concedê-lo por um momento. A Igreja Católica apostatou? Seja. Ora, se veio a apostatar, é porque, de fato, não era ainda apóstata. Quem diz apostasia diz a passagem de uma realidade para outra diametralmente oposta. O ato de apostatar exige uma condição prévia inteiramente incompatível com a apostasia. Assim como uma barra de ferro só se poderá esquentar se estiver fria, e um pedaço de madeira só se poderá partir se estiver inteiro, e um homem só poderá morrer se estiver vivo, também a Igreja Católica só poderia apostatar se estivesse em algum momento livre de apostasia; só poderia paganizar-se se não estivesse paganizada ainda. Negareis o óbvio? Não o creio.
Muito bem. Mas se um dia a Igreja não foi apóstata, se não era paganizada em algum momento da história, segue-se que foi um dia legítima, autêntica, verdadeira. Se era verdadeira, era, por conseguinte, a Igreja de Jesus Cristo, pois não havia outra. Temos, então, que essa Igreja que chamais apóstata, foi em alguma época a verdadeira Igreja, pura nas suas doutrinas e práticas. Negareis o óbvio? Não o creio.
Mas afirmais que ela apostatou. Como? A verdadeira Igreja poderia alguma vez apostatar? É aqui, senhores, que a vossa afirmação desmorona, como um imenso castelo de areia firmado na flacidez do chão molhado da praia. Desde quando a Igreja poderia apostatar? Nunca! Jesus Cristo teria sido um mentiroso, um impostor, e mui justa seria a sentença condenatória exarada por Pôncio Pilatos e a acusação vinda da parte do Sinédrio. Mas isso ninguém jamais cogitou. Justo foi Pilatos? Justo o Sinédrio? Impossível!
As promessas neotestamentárias da assistência divina à Igreja, por outro lado, são muitas e claras.
Ao dizer a Pedro do estabelecimento da Igreja, o Salvador garantiu que as portas do Inferno não prevaleceriam contra ela (cf. Mt. 16,18). Ora, se a Igreja depois disto apostatou, deixando de ser a verdadeira Igreja, segue-se que as portas do Inferno prevaleceram e Jesus foi um falso profeta. Em outra ocasião, pouco antes de ascender, o Senhor disse aos apóstolos que ficariam com eles "até a consumação dos séculos" (Mt. 28,20). Mas o que seria desta presença sempre continuada, se o paganismo depois invadisse a Igreja e a corrompesse até os seus fundamentos?
Sabendo da proximidade da sua ida para junto do Pai, Jesus falou do Espírito Santo: "Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco" (Jo. 14,16; ainda 14,26; 15,26). Mas onde, senhores, [estaria] a eficácia da atuação deste Paráclito se apostatasse a Igreja?
Não soubesse eu, senhores, que a assistência divina é infalível e que tem, pelos séculos, preservado a Igreja de todas as heresias, e estes brados de revolta soariam os mais justos e louváveis. Mas sei que a Igreja, um dia edificada sobre a Rocha, jamais renegou os ensinamentos que recebeu, porque nela atua Aquele que é a própria Verdade, mesmo que assim não queiram as vossas incontáveis denominações, que, não tendo Deus Cristo por fundador, jazem impotentes ante um turbilhão de contradições doutrinárias.

Não tenhais medo!

Domingo, 22 de outubro de 1978.

Primeira saudação aos Cardeiais. Entre eles, o cardeal primaz da Polônia que se ajoelha diante do Papa orgulhoso e emocionado. Depois, o amigo muito estimado e teólogo, Cardeal Ratzinger.

Karol se apresenta ao mundo.

Não tenhais medo!

Abri, ou melhor, escancarai as portas a Cristo! Ao seu poder salvador, abri os confins dos Estados, os sistemas ecoônimicos assim como os políticos, os vastos campos de cultura, de civilização e de progresso.

Não tenhais  medo!

Quando pronunciei as palavras “Não tenhais medo” não imaginava quão longe elas levariam a mim e a Igreja inteira.

Cristo sabe o que é que está dentro do homem. Somente Ele o sabe!

Hoje em dia, muito frequentemente, o homem não sabe o que traz no interior de sua alma e do seu coração, muito frequentemente, encontra-se inseguro acerca do sentido da sua vida sobre esta terra. É invadido pela dúvida, que se transforma em desespero. Permite, pois, eu vos peço, eu vos imploro, com humildade e confiança, permiti a Cristo falar ao homem!

Essas palavras soam como a liberação de um catolicismo escondido, temeroso e enjaulado.

Somente Ele tem plavras de Vida, sim, de Vida Eterna!

É o anúncio de uma fé que é viva, verdadeira.  Não é um deus da sociologia, de uma teologia silenciosa e apática, mas o Deus forte e misericordioso das escrituras, da certeza que consola; da entrega, que dá coragem.  O Deus de Abraão, o Deus das evidências, do testemunho até o martírio.

E o novo pastor, que é jovem e forte, comunica a confiança, fidelidade e audácia, muito diferente da fisionomia tímida e frágil dos seus dos antecessores.

Então, na manhã de outubro, em Roma, Karol surpreende, de novo. Quebra o protocolo e, de improviso, desce os degraus da Basílica. Ele vai ao encontro da multidão. Então, instintivamente, ergue com as duas mãos, a Cruz Pastoral, como se restatasse um estandarte há muito esquecido, como um sinal de que é tempo de chamar o Povo de Deus para arrumar “suas tendas”, e retomar o seu caminho. 

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Deus, nosso "Pai"

Tu és Meu Filho, hoje te gerei.
Eu serei para ele um pai e ele será para Mim um filho.
São palavras proféticas: falam de Deus, que é Pai no sentido mais elevado e autêntico da palavra.

Disse Isaías: “Senhor, Vós sois o nosso Pai: nós somos a argila e Vós sois o oleiro; todos nós fomos modelados pelas Vossas mãos”.

Sião dizia: O Senhor abandonou-me, o Senhor esquece-se de mim.

Acaso, pode uma mulher esquecer-se do menino que amamenta?
Ainda que ela se esquecesse, eu por minha vez nunca te abandonarei.

É significativo que nos trechos do profeta Isaías, a paternidade de Deus ganhe conotações que se inspiram na maternidade.

Jesus anuncia muitas vezes a paternidade de Deus nos olhares dos homens referindo-se às numerosas expressões contidas no Antigo Testamento.

Para Jesus, Deus não é apenas o Pai de Israel, o Pai dos homens, mas o seu Pai, o meu Pai.

Pai nosso, que estais no céu
Santificado seja o Vosso nome,
Venha a nós o Vosso reino,
Seja feita a Vossa vontade,
Assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje.
Perdoai as nossas ofensas,
Assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.
E não nos deixeis cair em tentação,
Mas livrai-nos do mal,
Amém.

Igreja Católica Apostólica Romana!

Notem que esses integrantes de seitas protestantes, quando citam a sigla da Igreja Católica, citam: “ICAR” (Igreja Católica Apostólica Romana), mas quando pronunciam seu nome, pronunciam malandramente apenas: “igreja romana”, em berrante contradição. Logo fica evidenciada a má fé dos inimigos da Igreja de Cristo, que tentam confundir o termo “romana” com local de origem desta, enquanto procuram esconder os próprios países de origem de suas seitas.


Não sabem eles, que a Igreja Católica Apostólica Romana, é tão “romana” quanto o apóstolo Paulo o foi, sem jamais ter nascido em Roma/Itália.


Desconhecem os seguidores de seitas alemãs, americanas, inglesas, holandesas e brasileiras, que no tempo que Cristo fundou a sua única Igreja na Palestina, quase todo o oriente era território ocupado por Roma. Pompeu já havia conquistado a Palestina para Roma e a transformado em uma província governada por judeus. 


Veja que São Paulo não nasceu em Roma/Itália, mas em Tarso, hoje Turquia, e era “romano de nascimento”, como também é nesse sentido, a única Igreja fundada por Cristo na Palestina. (”Palestina”, Enciclopédia® Microsoft® Encarta 99. © 1993-1998 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados.)


Confira o que respondeu São Paulo em (Atos 22, 27-28): “E, vindo o tribuno, disse-lhe: Dize-me, és tu romano? E ele disse: Sim”. E respondeu o tribuno: Eu com grande soma de dinheiro alcancei este direito de cidadão. Paulo disse: Mas eu sou de nascimento”.


Como explicar isso a um pastor evangélico de paletó lascado, se São Paulo nasceu em Tarso, Turquia?


Todos sabemos que se um argentino nascer nas ilhas Malvinas que, fica na Argentina, será declarado “cidadão inglês”, por este ter nascido em território ocupado pela Inglaterra, mesmo estando na Argentina de Diego Maradona.


O mesmo aplica-se a Igreja Católica Apostólica Romana, que Cristo fundou na Palestina, território então, também ocupado por Roma. Logo desabam as “igrejas” de areia protestantes.


É neste sentido que a Igreja de Cristo é “romana”, mas, antes disso em seu nome, ela é “CATÓLICA” (universal) e“APOSTÓLICA” (dos apóstolos de Cristo), coisa que jamais serão de fato, as seitas protestantes fundadas por pecadores dezesseis séculos depois na Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra, Holanda, Brasil, etc.

São Paulo e os demais apóstolos só conheceram a Roma/Itália geográfica e para lá levaram a Igreja depois que Cristo disse: “(…)Tem bom ânimo: porque, como deste testemunho de mim em Jerusalém, assim importa que o dês também em Roma”. ) (Atos 23,11).


Logo escrevia São Paulo aos romanos: “A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados Santos: Graças a paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. Primeiramente, dou graças a Deus por Jesus Cristo, acerca de vós todos, porque em todo o mundo é anunciada a vossa fé.” (Rm 1,7- 8).


Como vemos, em todo o mundo é anunciada a fé dos “romanos” que estão em Roma, e não a fé posterior dos alemães, americanos, ingleses, holandeses e brasileiros, seguidores de seitas que enganam, querendo colocar-se no lugar da Igreja de Cristo, promovendo as divisões condenadas pelo próprio apóstolo São Paulo, que já alertava naquele tempo aos romanos: Noteis  os que promovem dissensões (divisões) e escândalos contra a doutrina que aprendeste; desviai-vos deles. Porque os tais não servem a Nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos símplices”.(Romanos 16,17-18).


Corrija, quando encontrar um protestante desavisado chamando a Igreja Católica Apostólica Romana, que Cristo fundou, de “igreja romana”.


Nesse ponto todos os protestantes querem pegar os católicos e tentar deixá-los sem respostas, com argumentos chulos como (a igreja de Cristo nasceu em Jerusalém e não em Roma) ou argumento como (Jesus era judeu e não romano) e assim eles ficam perdidos nessas esquizofrenias protestantes, mas a bíblia que por sinal é a única fonte de fé deles, afirma claramente que o reino de Deus foi retirado de Jerusalém e dado aos Romanos para que Roma produzisse frutos desse Reino.


Aqui Jesus retira o reino de Jerusalém:

Mateus 21

42. Jesus acrescentou: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra rejeitada pelos construtores tornou-se a pedra angular; isto é obra do Senhor, e é admirável aos nossos olhos (Sl 117,22)?
43. Por isso vos digo: ser-vos-á tirado o Reino de Deuse será dado a um povo que produzirá os frutos dele.  


Aqui São Paulo explica que o reino foi dado aos Romanos:

Romanos 11

17. Se alguns dos ramos foram cortados, e se tu, oliveira selvagem(ROMANOS), foste enxertada em seu lugar(JUDEUS) e agora recebes seiva da raiz da oliveira,


Bem meus irmãos, esse texto São Paulo envia para a igreja Romana parece meio confuso, mas vou esclarecer para vocês, no texto de Mateus 21-43, Jesus diz retirar o reino de Jerusalém e prometera dar a um outro povo, no texto de Romanos 11 São Paulo faz uma alegoria de duas oliveiras, uma original (JUDEUS) e outra selvagem (ROMANOS), ele diz que na oliveira original foi cordada seus ramos, sobrando apenas alguns, e que em seu lugar foste enxertada a oliveira SELVAGEM que seria o povo romano, e que desde então esse povo passaria a receber a seiva da raiz, essa raiz que são Paulo cita, se chama ABRAÃO, nas sua carta aos Gálatas capitulo 3 versículo 16 ele diz que a promessa de Deus foi feita de ABRAÃO a Jesus Cristo,  ou seja Abraão é a raiz a oliveira original no qual desde que fostes retirado o reino de Jerusalém ROMA recebeu esse reino sendo enxertada no lugar da oliveira original e assim passou a receber a seiva da raiz, onde nos Católicos Apostólicos Romanos que somos os descendente de Abraão o pai da fé.


São Paulo termina sua carta aos Romanos escrevendo e deixando registrado um oráculo, que em nenhuma outra carta ele deixa registrado, uma profecia que só esta prometida para igreja ROMANA à única de Jesus Cristo. Vou mostrar:

Romanos 16


19. A vossa obediência se tornou notória em toda parte, razão por que eu me alegro a vosso respeito. Mas quero que sejais prudentes no tocante ao bem, e simples no tocante ao mal.
20. O Deus da paz em breve não tardará a esmagar Satanás debaixo dos vossos pés. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo esteja convosco!



Preste bem a atenção nessa profecia, nenhuma outra comunidade recebeu um oráculo desses, “o Deus da paz não tardará em esmagar satanás debaixo dos pés dos romanos”.


Por isso somos a única igreja de Cristo, e por sinal de todas as igrejas no qual São Paulo escreveu suas cartas, hoje é a única que não perdeu terreno para o islamismo, o protestante que tem conhecimento dessas particularidades bíblicas e não se converte ao catolicismo, esta cometendo o pior sacrilégio de sua vida, não tem conversão no dia do Juízo, o momento e agora.



Segue um trecho do discurso do Papa João Paulo II, no inicio de seu pontificado em Outubro de 1978.
Hoje o novo Bispo de Roma inicia solenemente o seu ministério e a missão de Pedro. Nesta Cidade, de facto, Pedro desempenhou e realizou a missão que lhe foi confiada pelo Senhor. Alguma vez, o mesmo Senhor dirigiu-se a ele e disse-lhe: Quando eras mais jovem, tu próprio te cingias e andavas por onde querias; mas quando fores velho, estenderás as mãos e outro cingir-te-á e levar-te-á para onde tu não queres (Jo. 21, 18).

Pedro, depois, veio para Roma! E o que foi que o guiou e o conduziu para esta Urbe, o coração do Império Romano, senão a obediência à inspiração recebida do Senhor? — Talvez aquele pescador da Galileia não tivesse tido nunca vontade de vir até aqui; teria preferido, quiçá, permanecer lá onde estava, nas margens do lago de Genesaré, com a sua barca e com as suas redes. Mas, guiado pelo Senhor e obediente à sua inspiração, chegou até aqui.

Segundo uma antiga tradição (e, qual foi objecto de uma expressão literária magnífica num romance de Henryk Sienkiewicz), durante a perseguição de Nero, Pedro teria tido vontade de deixar Roma. Mas o Senhor interveio e teria vindo ao encontro dele. Pedro, então, dirigindo-se ao mesmo Senhor perguntou: "Quo vadis Domine? — Onde ides, Senhor?". E o Senhor imediatamente lhe respondeu: "Vou para Roma, para ser crucificado pela segunda vez". Pedro voltou então para Roma e aí permaneceu até à sua crucifixão.

Sim, Irmãos e Filhos, Roma é a Sede de Pedro. No decorrer dos séculos sucederam-se nesta Sede sempre novos Bispos. E hoje um outro novo Bispo sobe à Cátedra de Pedro, um Bispo cheio de trepidação e consciente da sua indignidade. E como não havia ele de trepidar perante a grandeza de tal chamamento e perante a missão universal desta Sede Romana?

Depois, passou a ocupar hoje a Sé de Pedro em Roma um Bispo que não é romano, um Bispo que é filho da Polónia. Mas, a partir deste momento também ele se torna romano. Sim, romano! Até porque é filho de uma nação cuja história, desde os seus alvores, e cujas tradições milenárias estão marcadas por um ligame vivo, forte, jamais interrompido, sentido e vivido com a Sé de Pedro, de uma nação que a esta mesma Sé de Roma permaneceu sempre fiel. Oh, como é insondável o desígnio da Divina Providência!



sexta-feira, 15 de julho de 2011

Vou contar para tua Mãe!

Foi em 1926, na cidade Santuário de Lourdes, na França.

É hora da benção dos doentes. Na esplanada estão centenas de doentes deitados em padiolas ou reclinados em cadeiras de rodas sob a assistência vigilante dos enfermeiros. Entre eles está um moço passando muito mal. Seu desenlace é esperado a qualquer momento. Instantes antes havia recebido a unção dos enfermos. O celebrante começou a percorrer as fileiras dos doentes. Segurando nas mãos o ostensório com a Hóstia Consagrada, ele passa de um e um, traçando sobre eles uma grande cruz.
Chegou a vez dequele rapaz. Recebe a bênção com uma grande esperança. Mas parece que sua esperança foi frustrada... não sentiu melhora nenhuma. Reunindo todas as suas forças, disse num tom de sentida queixa:

- Jesus, tu não me curaste. Vou contar para tua Mãe!

Comovido com esta prece, o celebrante se volta para o enfermo e, pela segunda vez, abençoa-o com o Santíssimo Sacramento.

Eis que uma virtude sai do Filho de Deus: aconteceu o milagre! O moço, sentindo-se curado, saiu do leito e exclamou em alta voz:

- Jesus, Filho de Maria, tu me curaste! Vou contar para a tua Mãe e pedir que ela me ensine a agradecer!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Maria, A Mulher

Cristo quis vir ao mundo por meio de Maria. Ela conteve toda a graça. Ela conteve o infinito em seu seio finito.

Como toda graça que recebemos é uma graça de Cristo, assim toda graça de Cristo nos veio por Maria.

Deus é infinitamente sábio, e se Ele escolheu vir ao mundo por meio de Maria, foi para nos ensinar que Maria é o caminho mais curto, mais perfeito, e mais sábio para irmos a Cristo, que, como Redentor, é O caminho para Deus. Como os reis magos devemos encontrar o Menino Jesus com sua Mãe.

O demõnio venceu o homem ao tentar a mulher. Cristo quis vencer o demônio por meio da Mulher. Por isso, assim como Pilatos O apontou como O Homem, assim Ele a apontou como A Mulher, quer nas Bodas de Caná, quer no Calvário, quando Ele nô-la deixou por Mãe.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

A Mediação da Virgem Maria

Muitos Católicos hoje, no desejo de se mostrarem mais próximos das denominações protestantes, acabam, de forma consciente ou não, distorcendo a teologia da Santa Igreja Católica Apostólica Romana. Um Teólogo cujo nome não considero necessário expor aqui, escreveu a alguns meses atrás:

"Não tem que ser tudo por Maria. Se fosse assim Jesus não teria ensinado o "Pai Nosso" lá Ele manda falar diretamente com o Pai. E também diz que se deve pedir no nome Dele. Em nenhum lugar está escrito que deus concede tudo por meio de Maria, ou que devemos sempre falar no nome dela. No de Jesus, sim! Eu disse que há católicos que negam o lugar de Maria como a mais excelente seguidora de Jesus e a primeira cristã; mas também há católicos que de tal maneira a exaltam que exageram seu papel. Eu disse que pode haver Maria de mais e Maria de menos nas igrejas."

Tais palavras deste teólogo se contrapõe aos ensinamentos dos dois maiores teólogos católicos que escreveram à respeito da Virgem Santíssima. Falo aqui de Santo Afonso Maria de Ligório (doutor da Santa Igreja) e São Luiz Maria Montfort (autor do famoso Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem).

Santo Afonso Maria de Ligório, à respeito da Mediação da Virgem Santíssima, escreveu : "Que seja Jesus Cristo o único Mediador de Redenção, a reconciliar-nos com Deus, pelos seus merecimentos, quem o nega? Não obstante isto, compraz-se Deus em conceder-nos suas graças pela intercessão dos santos e especialmente de Maria, sua Mãe, a quem tanto deseja Jesus ver amada e honrada. (...) O que, porém, temos em vistas provar é que esta intercessão é também necessária à nossa salvação. Necessária sim, não absoluta, mas moralmente falando, como deve ser. A origem desta necessidade está na própria Vontade de Deus, o qual pelas mãos de Maria quer que passem todas as graças que nos dispensa. (...)

Querendo exaltá-la de um modo extraordinário, determinou por isso o Senhor que por suas mãos hajam de passar e sejam concedidas todas as mercês dispensadas às almas remidas. (...) Não há dúvida, confessamos que Jesus Cristo é o único medianeiro de Redenção, porque por seus méritos nos obtém a graça e a salvação. Mas ajuntamos que Maria é medianeira de graças, e como tal pede por nós em nome de Jesus Cristo e tudo nos alcança pelos méritos dele. Assim, pois, a intercessão de Maria, devemos de fato, todas as graças que solicitamos. (...) Assim o demônio envida todos os esforços para acabar com a devoção a Mãe de Deus nas almas. Pois, cortado esse canal de graças, muito fácil lhe torna a conquista.” (Glória de Maria, cap. V) E acrescenta: "É impossível a tão benigna Rainha ver a necessidade de uma alma, sem ir em seu auxílio. Esta grande compaixão de Maria para com nossas misérias a leva a nos socorrer e consolar, mesmo quando não a invocamos. É o que mostrou durante sua vida, nas bodas de Caná. (...) Se Maria é tão pronta em ajudar, mesmo sem ser rogada, quanto mais o será para consolar que a invoca e a chama em seu auxílio?" ("Glórias de Maria", cap. IV)

São Luiz Montfort confirma isso dizendo: "Dom nenhum é concedido aos homens que não passem por suas mãos virginais. Tal é a vontade de Deus, que tudo tenhamos por Maria, e assim será enriquecida, elevada e honrada pelo Altíssimo aquela que em toda a vida quis ser pobre, humilde, e escondida até o nada." (Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, 25) "Nosso Senhor é nosso advogado e medianeiro de redenção junto de Deus Pai; é por intermédio Dele que devemos rezar. (...) Temos necessidade de um medianeiro junto do Medianeiro por excelência, e Maria Santíssima é a única capaz de exercer essa função admirável. Por ela Jesus veio a nós, e por ela devemos ir a Ele. Se receamos ir diretamente a Jesus Cristo Deus, em vista da sua grandeza infinita, ou por causa da nossa baixeza, ou, ainda, devido a nossos pecados, imploremos afoitamente o auxílio e a intercessão de Maria nossa Mãe. (...) Temos três degraus a subir para chegar a Deus: o primeiro, mais próximo de nós e mais conforme a nossa capacidade, é Maria; o segundo é Jesus Cristo; e o terceiro é Deus Pai. Para ir a Jesus é preciso ir a Maria, pois ela é a medianeira de intercessão. Para chegar ao Pai eterno é preciso ir a Jesus, que é nosso medianeiro de redenção." (Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, 83-86)

Outros santos doutores da Igreja e Papas também confirmam isso: "O Filho atenderá Sua Mãe e o Eterno Pai ouvirá Seu próprio Filho: eis o fundamento de toda a nossa esperança." (São Pedro Canísio, século XVI, santo doutor da Igreja)

"Todos os dons, todas as graças espirituais que por Cristo, como cabeça, descem para o corpo, passam por Maria que é como a coluna desse Corpo Místico." (São Roberto Belarmino, século XVI, bispo e santo doutor da Igreja) "Toda a graça concedida ao mundo segue esta tríplice gradação: de Deus a Jesus cristo, de Jesus Cristo à Santíssima Vrigem, da Santíssima Virgem aos homens: tal é a ordem maravilhosa de sua disposição." (Papa Leão XIII, 1891, na encícica Octobri Mense)

Como não lembrar aqui do que São Luiz Maria Montfort escreveu à respeito do que ele chama de "devotos escrupulosos"? Assim ele escreve: "Os devotos escrupulosos são aqueles que receiam desonrar o Filho, honrando a Mãe, e rebaixá-lo se a exaltarem demais. Não podem suportar que se repitam à Santíssima Virgem aqueles louvores justíssimos que lhes teceram os Santos Padres; não suportam sem desgosto que a multidão ajoelhada aos pés de Maria seja maior que ante o altar do Santíssimo Sacramento, como se fossem antagônicos, e como se os que rezam à Santíssima Virgem não rezassem a Jesus Cristo por meio dela.

Não querem que se fale tão frequentemente da Santíssima Virgem, nem que se recorra tantas vezes a ela. Algumas frases eles a repetem a cada momento: "Pra que tantos terços, tantas confrarias e devoções exteriores à Santíssima Virgem? Vai nisso muito de ignorância! É fazer da religião uma palhaçada. Falei-me, sim, dos que são devotos de Jesus Cristo; cumpre recorrer a Jesus Cristo, pois é ele o único medianeiro; é preciso pregar a Jesus Cristo, isto sim é sólido!" Em certo sentido é verdade o que eles dizem. Mas, pela aplicação que lhes dão, é bem perigoso e constitui uma cilada sutil do maligno, sob o pretexto de um bem maior, pois nunca se há de honrar mais a Jesus Cristo do que honrando a Santíssima Virgem, desde de que a honra que se preste a Maria não tenha outro fim do que honrar mais perfeitamente a Jesus Cristo, e que só se vai a ela como ao caminho para atingir o termo que é Jesus Cristo." (Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, 94) Palavras que recebem uma confirmação do saudoso Papa João Paulo II, quando afirma: "Num primeiro tempo tinha-me parecido que deveria afastar-me um pouco da devocação mariana da infância, a favor do cristocentrismo. Graças a S. Luis Grignion de Montfort compreendi que a verdadeira devoção à Mãe de Deus é, pelo contrário, cristocêntrica." ("Cruzando o limiar da esperança").

Seguindo o mesmo caminho de Santo Afonso Maria de Ligório, São Luiz Maria Montfort, Papa João Paulo II e tantos outros, renuncio a todo escrúpulo em venerar a Virgem Santíssimo, e A venero verdadeiramente como Mãe de Deus e Medianeira de todas graças!