Quando descobrimos que teríamos nosso terceiro filho, fomos
bombardeados por olhares e conversinhas ao pé do ouvido de pessoas que nunca
pedimos qualquer ajuda ou opnião. E o que mais ouvimos foi à frase: “Agora
você vai ter que operar”.
Essas afirmações que nos faziam realmente nos deixaram
perplexos. Nunca tínhamos pensado desta forma, e sempre tivemos a convicção
cristã a respeito. Somos Católicos, e não queríamos ir contra aquilo que é o
ensinamento da Igreja de 2000 anos, da Sagrada Escritura, que sempre viu na
fertilidade um Dom de Deus.
O Planejamento familiar que a Igreja recomenda é e sempre
foi: “Tenha filhos”.
O fato é que vivemos numa sociedade cada vez mais egoísta e
afastada de Deus. Numa sociedade que privilegia o luxo, o conforto, o ter,
em detrimento da confiança Naquele que tudo pode e para quem nada é impossível.
Buscar a Deus em primeiro lugar é também confiar a Ele os
meios de subsistência. Ele que alimenta as aves do céu: que não semeiam, não colhem, nem armazenam em
celeiros; contudo, nosso Pai celestial as alimentam. (Mt 6,26)
É receber com alegria e generosidade os filhos que Ele
mandar sabendo que, por meio da sua Providência, nada faltará. Este sempre
foi o pensamento da Igreja Católica, testemunhado por tantas passagens
bíblicas. Essa também foi à promessa que fizemos no dia em que nos casamos:
“Educar na fé, todos os filhos que Deus nos der”. Portanto, ter filhos é um gesto de
generosidade dos pais.
No entanto, essa mesma falta de fé e de generosidade, leva
as pessoas a colocarem subterfúgios para não terem mais filhos. Não pode o rico, não pode o remediado, não pode o pobre. E ai de quem acha que pode! Desperta a fúria de pessoas a quem jamais pediu qualquer ajuda...
As objeções são conhecidas: Como dar educação? Mas e a saúde? E o crescimento populacional? Em todo caso, haja paciência para ter um monte de filhos! Deve ser um caos, uma família enorme! Não. É movimentada, divertida, variada, harmoniosa e a conversa à mesa substitui com vantagem a vida das famílias modernas que frequentemente vão buscar nas novelas a falta de conteúdo de sua própria vida familiar.
As objeções são conhecidas: Como dar educação? Mas e a saúde? E o crescimento populacional? Em todo caso, haja paciência para ter um monte de filhos! Deve ser um caos, uma família enorme! Não. É movimentada, divertida, variada, harmoniosa e a conversa à mesa substitui com vantagem a vida das famílias modernas que frequentemente vão buscar nas novelas a falta de conteúdo de sua própria vida familiar.
Portanto, não vamos
operar, não estamos doentes para realizar nenhum tipo de operação. Não
vamos romper com a promessa matrimonial, não vamos ir contra o ensinamento da
Igreja.
Enfrentaremos as dificuldades com a ajuda de Deus, confiantes em sua
providência. Estamos certos que as dificuldades virão, mas as recompensas de
uma família numerosa também.
Somos Católicos. Não podemos ser cristãos até certo ponto.
Podemos ser chamados de loucos, mas é a loucura do evangelho que defendemos com
a vida. Vida em abundância.
fontes: Montfort, padrepauloricardo.org
fontes: Montfort, padrepauloricardo.org