quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Doença Dominical

O grande pecado nos tempos que correm é a violação da santidade do domingo. Há cristãos que chegaram ao estado absurdo, de ficar em paz com sua consciência, não participando da santa Missa de domingo. Digo para vocês: quem chegou a este estágio, que se cuide: o atestado de sua morte espiritual já foi emitido por Jesus, o Médico Celeste. Ai de quem recebe este atestado!
Pelo mundo inteiro a Nossa Senhora tem dito que: “cometem-se mais pecados nos domingos do que nos outros dias da semana”. E isso é verdade! E grande parte deles acontece devido à falta da Missa de preceito, e da comunhão em estado de graça. Há também os inumeráveis sacrilégios cometidos pelos que comungam em pecado grave.



Sem Missa e sem obras de caridade no Dia do Senhor, acaso alguém que se diga católico pode ficar com a sua consciência tranqüila? Se Deus fosse ouvir os falsos queixumes de enfermidades, para o não comparecimento às igrejas aos domingos, não caberiam nos hospitais os simuladores.


Chamamos a isso: doença dominical!

Eis aqui listados SEIS tipos de pessoas propensas a contrair esta terrível doença! Falamos dos que alegam mais ou menos assim:


1º - Eu rezo do meu jeito e Deus me entende!
       O mentiroso: De fato este não reza é nunca!
2º - O padre é muito mais pecador que eu!
       O cínico: Bota a culpa nos padres, dos pecados que ele mesmo tem!
3º - Não precisa ir a igreja pra rezar, Deus está em todo lugar!
       O sarcástico: Quem não reza na igreja, não reza também em família;
4º - Se for à igreja eu faço mais pecados que aqui;
       O “santo”: Se for para blasfemar contra a Igreja e o padre, melhor não ir mesmo!
5º - Não vou lá Igreja pra ver aquela gente falsa comungando;
       O falso: se ele fosse, também ele falso em dobro, iria comungar também!
6º - Não vou lá porque ficam olhando só as roupas da gente!
       O descarado: justamente aquilo que ele (ela) faz, quando vai à Igreja!


Viram os indicativos? Mentiroso, cínico, sarcástico, falso santo, verdadeiro falso, e descarado! Com este “currículo” invejável, você acha mesmo que esta pessoa tem ainda parte com Deus? Vejam:  


Inegavelmente, a “doença dominical” é uma enfermidade própria dos maus católicos, e exatamente este diagnóstico – tal “doença” só ataca nos domingos e dias santos – é a chave para se descobrir a saúde espiritual de cada um deles. Ou de gente cínica que se diz católico!


Eis os QUATRO “indicativos” mais comuns da doença dominical:


1.º - Não interfere com o apetite.
        A pessoa está doente para não ir a Missa, mas nunca perde a vontade de comer. Aliás, domingo é para milhares o dia do famoso churrasco em família! E dia de beber “socialmente”!... Até cair de porre!


2.º - Nunca dura mais que 24 horas, em cada período.
        Os sintomas da doença passam logo depois que bateu o sino de entrada e ele diz: agora é tarde! Não gosto mesmo de chegar à Igreja depois que o padre começou a reza!


3.º - Nenhum médico precisa ser chamado.
        Não, porque a consulta custa caro, e “não estou ai para dar dinheiro a médicos, porque a “dor” vai logo passar”. Basta passar um pouco de anestésico na consciência! E nisso o capeta é mestre! E como ele ajuda!


4º - Ataca proporcionalmente 80% dos homens e 20% das mulheres!
       Basta fazer a estatística em cada capela deste país, e isso ficará claro. Pior é que, neste caso, esta doença acaba por contaminar a 100% dos filhos destes!


MAS ATENÇÃO: Eis os DOIS perigos maiores desta gravíssima doença:


1.º - É doença muito contagiosa.
        Doença maligna que passa de pai para filho, e não falha. Basta que o pai não vá à Missa, para que o filho se também sinta plenamente desobrigado de ir. Tal pai, tal filho! Sim, ela passa também para os parentes e amigos com muita facilidade!


2.º - É sempre fatal, no término da vida, para cada alma...
        É como veneno mercurial e cumulativo: quando chega a dose exata no organismo, a alma morre, e para sempre... Do avô, do pai, do filho! Sim, e certamente são os pais RELAPSOS as maiores vítimas fatais.


REGRA GERAL: esta doença ataca subitamente este percentual, no domingo, sempre pela manhã, a despeito do paciente não sentir nenhum mal-estar no sábado à noite, quando estava na festa com os amigos, nos bailes, ou em lugares piores.


No domingo ele se levanta saudável e toma um suculento café, pela manhã. O ataque da doença ocorre geralmente às 8:00 horas e às vezes permanece até ao meio-dia... Isso pode variar de cidade, em cidade, depende do horário da Missa! Mas o interessante é que quase sempre depois que terminou o eco do último sino da capela, já alivia a dor... E como doía!


À tarde, o enfermo experimenta uma grande melhora, a ponto de ler os jornais dominicais, sair depois para uma volta pela cidade... Ao chegar a sua casa, serve-se de um lauto jantar e ele diz:


ATENÇÃO: em algumas cidades a Missa de domingo é à noite! Nestes casos é comum a doença recrudescer nesta hora! Então, subitamente a doença reaparece e o paciente se torna um inútil: fica sonolento, sente cansaço, ou dor de cabeça, e isso vai até as 22:00 horas, quando de súbito obtém uma cura radical! Milagrosa!... Depois que a Missa acabou! Ufa! Quase não consegui sufocar minha consciência!


Na segunda-feira, o paciente está completamente recuperado e segue fagueiro e pontualmente para as suas atividades normais. Naturalmente “cheio de desgraças”! Tem uma semana repleta de problemas: doenças na família, a sogra incomoda, a cunhada fala demais, ou acontecem brigas entre o casal e ou entre pais e filhos, ou os filhos se tornam rebeldes e até drogados!... Um caos!


E então falta dinheiro, e falta comida, e falta emprego e falta moradia!... Estas são as “graças” que o pobre “paciente” recebe, por haver trocado o remédio salvador da Santa Missa dominical e obrigatória, pelo churrasco deletério com amigos. Afinal, é este o “preço” que satanás cobra pela tão comum, “festa dominical”.


Acham mesmo que o Deus que instituiu o Domingo como Sagrado, e como o Seu Dia especial, não deveria deixar morrer, imediatamente, este tipo de doente? Que o Senhor os julgue, mas ponha cara de pau nisso!


Entretanto, tudo tem solução e nossa Igreja não poder morrer por causa destes quase defuntos espirituais, e então proponho uma campanha: vamos instituir o: Domingo Sem Desculpas.


Para aqueles que têm sempre uma boa desculpa para matarem as Missas de domingo, temos uma ótima notícia: A sua Igreja Católica a partir de hoje estará preparada, e acontecerá no próximo fim de semana! E não tem desculpas!


Não percam! Vejam só as ofertas da Igreja para este dia:


01 – Camas bem macias, com travesseiro de plumas,  para aqueles que dizem que o domingo é o único dia em que podem dormir até mais tarde.
02 - Capacetes de aço para aqueles que dizem: “Se eu entrar numa igreja o teto cai na minha cabeça”.
03 – Cobertores fofinhos, para aqueles que acham a igreja muito fria.
04 – Ar condicionado silencioso, para aqueles que acham a igreja muito quente.
05 – Poltronas macias, para os que acham que o banco da igreja é muito duro;
06 - Aparelhos de surdez para os que acham que o padre fala muito baixo.
07 - Protetores de ouvido para os que acham que o padre grita muito.
08 – Regulador de horas: para quem diz que o padre fala tempo demais;
09 - Parentes passeadores de ocasião – outros doentes dominicais – à disposição para aqueles que gostam de receber visitas aos domingos. O encontro é na Igreja!
10 - Pratos congelados para as donas de casa que não podem passar um só domingo sem esmerarem o “jantar em família”! Que muitas vezes sai queimado!...rss!
11 - Um jardim super ecológico na porta da igreja para os que trocam Jesus, Deus Vivo, a Eucaristia, pelo deus natureza e ecologia: teremos gramados, árvores e pássaros. Naturais, é claro! E tudo de graça, não precisa pagar entrada!
12 - Se isso tudo não adiantar, a igreja estará toda enfeitada com a decoração de natal, para receber aqueles que nunca vieram a igreja, a não ser em batizados e casamentos!
13 – Sim, não nos esqueçamos do Livro de Chamadas, para anotar o nome dos faltosos. Acaso estará ainda vindo a metade dos católicos?


Enfim, teremos também cartelas e lápis para anotar o placar dos hipócritas presentes. Sim, porque nem o diabo consegue afastar a todos. Entre os hipócritas, incluo aqueles que vão a Missa xingando, obrigados – de mau humor – e achando que Deus precisa deles para alguma coisa. Ou achando que fazem demais para Deus, e se acham credores de alguma coisa!


Entre estes, incluo: Os esposos que vão a Missa apenas porque se não forem “a mulher fica xingando o tempo todo”. Os filhos que vão amuados, porque se não forem “os pais não param de pegar no pé”. Também aqueles que vão apenas porque “todo mundo vai” e fazem da Missa um acontecimento social e não um encontro com Jesus.


Falemos agora sério, e muito sério! E então pergunto ás mulheres e homens:
 Quantos, entre os que ainda vão a Missa aos domingos, quantos vão mesmo, movidos por um verdadeiro, contagiante e profundo amor a Jesus Eucarístico?


Quantos são aqueles que vão, humilde e amorosamente, contritos e humilhados, para agradecerem pelos imensos benefícios e graças recebidas durante a semana que passou, e pedirem a bênção de Deus para a próxima semana que se inicia?


Quantos são os que vão à Missa, mas com a alma limpa? Com o coração contrito e humilhado, falo dos que recebem Jesus de forma digna: em estado de graça, com a confissão em dia?
Quantos vão lá, e estando conscientes de estarem em pecado grave, e que não tendo se confessado antes, têm a consciência de que não devem comungar, e não vão, porque sabem que seria sacrilégio e sua condenação?


Quantos vão lá, e que, mesmo sabendo que estão em pecado grave, ainda assim têm a coragem temerária de receber Jesus indignamente, porque têm vergonha de ficar no banco e as pessoas acharem que são pecadores?


Quantos são aqueles que se aproveitam do incrível mistério da Santa Missa, independente do padre que a celebra, do grupo de canto, dos ministros e ministras, sabendo que, de fato, Jesus é seu verdadeiro – e eterno – celebrante?


Quantos vão lá, de coração ardente, apenas para ver e estar com Jesus, nosso Deus e Senhor, conscientes de que na Eucaristia Jesus não apenas está presente, porque de fato Jesus é a Eucaristia? Sim, sabendo que Jesus é a Missa viva!
Quantos são, entre todos os que ainda assistem e vivem a Missa, aqueles que, se pudessem, passariam o domingo inteiro em companhia de Jesus, presente no Sacrário, e conversando com ele?


Quantos são aqueles, que têm consciência de que a Missa é o próprio Céu na terra e que conseguem sentir ali a presença de Deus, dos anjos, de Nossa Senhora, dos santos e das almas do Purgatório, na verdadeira liturgia celeste?


Assim, sei que estes poucos que ainda não foram atacados pela doença dominical sabem que: O Domingo é o Dia do Senhor

Diz o ditado popular: Domingo sem missa semana sem graça.
Imaginem agora isso: se Deus fosse distribuir as graças durante a semana, mas em função dos que vencem a doença dominical, será que não se teria de mudar este ditado para: domingo sem missa, semana de desgraça!?

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Seguir Jesus é estar em comunhão com a Igreja.

Seguir Jesus na fé é caminhar com Ele na comunhão da Igreja. Não se pode seguir sozinho. Quem cede à tentação de seguir por conta própria ou de viver a fé conforme a mentalidade individualista, que predomina na sociedade, corre o risco de não encontrá-la ou de acabar seguindo uma imagem falsa dela.                 
A Igreja "não é uma simples instituição humana, como outra qualquer, mas está estreitamente unida a Deus". "Não se pode separar Cristo da Igreja, assim como não se pode separar a cabeça do corpo. A Igreja não vive de si mesma, mas do Senhor".

Para que "cresça" a amizade dos jovens com Cristo, é "fundamental" que façam parte das paróquias, comunidades e movimentos, "assim como a participação na missa dominical, a recepção frequente do sacramento do perdão e o cultivo da oração e meditação da palavra de Deus".

"Sejam testemunhas valentes e sem complexos. Não tenham medo de ser católicos, dando sempre testemunho disso a sua volta com humildade e sinceridade. Que a Igreja encontre em vocês os missionários dignos do Evangelho".

Papa Bento XVI

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O que devo fazer para ser um bom Católico?

"Um jovem aproximou-se de Jesus e lhe perguntou: Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?"
(Mateus, 19,16)

A pergunta do Evangelho não contempla apenas o futuro. Não trata apenas de uma questão sobre o que acontecerá após a morte. Há, ao contrário, um compromisso com o presente, aqui e agora, que deve garantir autenticidade e conseqüentemente o futuro. Numa palavra, a pergunta questiona o sentido da vida. Pode por isso ser formulada assim: que devo fazer para que minha vida tenha sentido? Ou seja: como devo viver para colher plenamente os frutos da vida? Ou ainda: que devo fazer para que minha vida não transcorra inutilmente?

Jesus é o único capaz de nos dar uma resposta, porque é o único que nos pode garantir vida eterna. Por isso também é o único que consegue mostrar o sentido da vida presente e dar-lhe um conteúdo de plenitude.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Igreja Católica fundada por Jesus Cristo

A principal prova pela qual sabemos que a Igreja Católica de hoje é a Igreja fundada por Jesus Cristo é a continuidade da Igreja desde o tempo dos apóstolos. Esta afirmação não implica a afirmação de que a Igreja Católica de hoje se assemelhe exactamente à dos primeiros cristãos, mas que a Igreja Católica de hoje tem vindo a evoluir de forma contínua a partir da Igreja primitiva. Esta evolução tem uma coerência orgânica, como a de uma planta que cresce a partir de uma semente. 

Essa coerência e continuidade da Igreja através da história pode ser vista, em primeiro lugar, da maneira que os primeiros relatos cristãos se referem à "Igreja Católica", a palavra "católico" (katholikos), que significa ‘universal’, ‘completo’ e ‘todo’. 
Cerca do ano 107 d.C., por exemplo, Santo Inácio, que foi bispo de Antioquia, escreveu: “Onde quer que se apresente o bispo, ali também esteja a comunidade, assim como a presença de Cristo Jesus também nos assegura a presença da Igreja Católica.” (Carta aos Esmirnenses, 8). Santo Inácio, que liga a presença de Jesus Cristo com a Igreja Católica neste texto, refere-se noutra parte à Igreja de Roma como "presidindo" ao amor. 

Uma segunda marca da continuidade é a estrutura da Ordem: Santo Inácio também se refere a bispos, sacerdotes e diáconos, essencialmente com a mesma estrutura da Ordem que existe na Igreja Católica de hoje. Além disso, o cargo de Bispo de Roma, que geralmente é referido hoje como o Papa, não é uma invenção moderna, mas também pode ser rastreada até ao início da Igreja. Nas Escrituras, Pedro é apontado como tendo um papel especial de entre todos os apóstolos (cf. Mt 16,18) e as escrituras da Igreja primitiva realçam a continuidade deste serviço pelos seus sucessores. 
Em 180 d.C., Santo Ireneu relata que a Igreja de Roma tinha mantido uma sucessão permanente de bispos desde o tempo da sua fundação pelos apóstolos Pedro e Paulo e que é essencial que cada igreja local seja unida com a Igreja de Roma, tendo em conta a sua "autoridade preeminente" (Contra as Heresias, III.3). Unicamente na actualidade, no entanto, apenas a Igreja Católica continua a manter essa comunhão com o Bispo de Roma.
Em contrapartida, a grande maioria das outras comunidades cristãs de hoje, agora com muitos milhares, tendem a fragmentar-se facilmente e têm geralmente muito menos do que cinco séculos de idade. Assim, não obstante as muitas imperfeições morais e outras dos seus membros individuais, há, portanto, uma continuidade orgânica única entre a Igreja Católica de hoje e a Igreja dos primeiros cristãos. 
No século XIX, John Henry Newman desenvolveu argumentos detalhados, que identificavam a Igreja Católica Romana com a Igreja Cristã primitiva, uma conclusão que levou Newman a ser recebido na Igreja Católica. A sua Apologia Pro Vita Sua e Palestras sobre certas dificuldades sentidas pelos anglicanos podem ser úteis para aqueles que desejam explorar as questões históricas e teológicas em detalhe.



segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Fica comigo, Senhor.

Oração para depois da comunhão.
Fica comigo, Senhor, porque és minha vida, e sem ti perco o fervor.

Fica comigo, Senhor, porque és minha luz, e sem ti reina a escuridão.
Fica comigo, Senhor, para me mostrar tua vontade.
Fica comigo, Senhor, para que ouça tua voz e te siga.
Fica comigo, Senhor, pois desejo amar-te e permanecer sempre em tua companhia.
Fica comigo, Senhor, se queres que te seja fiel.
Fica comigo, Senhor, porque, por mais pobre que seja minha alma, quero que se transforme num lugar de consolação para ti, um ninho de amor.
Fica comigo, Jesus, pois se faz tarde e o dia chega ao fim; a vida passa, e a morte, o julgamento e a eternidade se aproximam. Preciso de ti para renovar minhas energias e não parar no caminho.
Está ficando tarde, a morte avança e eu tenho medo da escuridão, das tentações, da falta de fé, da cruz, das tristezas. Oh, quanto preciso de ti, meu Jesus, nesta noite de exílio.
Fica comigo nesta noite, Jesus, pois ao longo da vida, com todos os seus perigos, eu preciso de ti.
Faze, Senhor, que te reconheça como te reconheceram teus discípulos ao partir do pão, a fim de que a Comunhão Eucarística seja a luz a dissipar a escuridão, a força a me sustentar, a única alegria do meu coração.
Fica comigo, Senhor, porque na hora da morte quero estar unido a ti, se não pela Comunhão, ao menos pela graça e pelo amor.
Fica comigo, Jesus. Não peço consolações divinas, porque não as mereço, mas apenas o presente da tua presença, ah, isso sim te suplico!
Fica comigo, Senhor, pois é só a ti que procuro, teu amor, tua graça, tua vontade, teu coração, teu Espírito, porque te amo, e a única recompensa que te peço é poder amar-te sempre mais.
Como este amor resoluto desejo amar-te de todo o coração enquanto estiver na terra, para continuar a te amar perfeitamente por toda a eternidade. Amém.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Maria Santíssima, refúgio dos pecadores

http://pazeoracoes.artews.com/imagens/nsradefesa.jpg“Uma Figura de Maria é a arca de Noé. Pois como nela acharam abrigo todos os animais da terra, igualmente sob o manto de Maria encontraram refúgio todos os pecadores, cujos vícios e pecados sensuais os tornam semelhantes aos brutos. Há uma diferença, entretanto: na arca entraram os brutos e brutos ficaram. O lobo ficou sendo lobo e o tigre ficou sendo tigre. Mas debaixo do manto de Maria o lobo é mudado em cordeiro e o tigre em pomba. Um dia viu S. Gertrudes a Maria com o manto aberto e debaixo dele muitas feras de diversas espécies: leopardos, ursos etc. Viu também que a Virgem não só não os afugentava, mas antes docemente os recebia e afagava. Entendeu a Santa que eles figuravam os míseros pecadores, acolhidos por Maria com afável amor, quando a ela recorrem.”
Senhora, não detestais a nenhum pecador, por mais asqueroso e abominável que seja. Se ele implora vossa proteção, nunca deixais de estender-lhe compassiva mão para arrancá-lo do abismo do desespero’. Bendito e para sempre louvado seja Deus, que vos fez, ó Maria amabilíssima, tão compassiva e tão benigna até para com os mais miseráveis! Infeliz de quem não vos ama, e que podendo recorrer a vós, em vós não confia! Perde-se quem a Maria não recorre, mas quem jamais se perdeu, depois de implorá-la?”

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Deixar tudo para ganhar Tudo.

O homem sempre está buscando satisfazer seus desejos e suas aspirações. Está constantemente lutando para realizar seus sonhos e alcançar aquilo que mais deseja. É uma luta ininterrupta, busca ali, busca aqui, busca em todos os lugares. Ao final se pergunta: “onde está a felicidade?”  Esta pergunta sobre a felicidade nasce do mais profundo de qualquer homem ou mulher. Todos os homens buscam ser felizes, todos querem ser felizes. Justamente este querer ser feliz que impele o homem a procurar esta “tal felicidade”.


Quando o homem encontra a “felicidade”, ele deixa tudo, vende tudo, com tal de que possa possuir esta “felicidade” somente para ele, porque pensa ter encontrado aquilo que mais almejava.

Ele deixa tudo, porque já encontrou seu tesouro. O problema está em que tipo de “tudo” ele encontrou. O que é este “tudo”? É o “tudo” que seus coração aspirava? Já está satisfeito?

Para muitos este tudo será o dinheiro, para outros a droga ou o álcool, para outros a fama, sem falar naqueles que buscam o tudo no poder, e, obviamente, não poderiam faltar aqueles que “encontram” seu tudo no sexo e nos prazeres.

Aí nos nasce uma pergunta:
Por que essas pessoas acima citadas, em um certo momento da vida se dão conta que aquele tudo que pensavam ser a solução da sua já não lhes satisfaz?

Aqueles que apoiavam sua felicidade no dinheiro, um certo dia se dão conta de que este não preenche o vazio do coração. Aqueles que eram felizes na fama, um dia se dão conta de que esta passa. Os que procuraram a felicidade na droga e no álcool, nem precisa dizer como se acabam. E, finalmente, aqueles que buscavam a felicidade somente no prazer, um dia se encontram cheios de si mesmo, vazios, tristes.

A resposta a essa incógnita é uma só: “deixar tudo para ganhar Tudo”, ou seja, deixar os bens que passam, para alcançar Aquele que não passa.

Note-se que falamos de um Tudo com maiúscula, quer dizer, Deus. É Ele, é somente Deus este verdadeiro Tudo que poderá dar-nos a verdadeira felicidade. Aqueles que encontraram este Tudo ficaram saciados. Aqueles que venderam tudo para ganhar este Tudo, são hoje e foram no passado, as pessoas verdadeiramente felizes.

“Que servirá a um homem ganhar o mundo inteiro, se vem a prejudicar a sua vida? Ou que dará um homem em troca de sua vida?” (Mateus 16,26). As palavras de Cristo não poderiam ser mais claras. De que serve ao homem lutar e fatigar-se para alcançar os bens efêmeros deste mundo se tudo isto um dia vai passar?

NÃO ADIANTA, SOMENTE DEUS, O VERDADEIRO TUDO, SÓ ELE NOS DÁ A VERDADEIRA FELICIDADE!

Feliz do homem que busque e deposite seus sonhos, desejos, anseios, enfim toda a sua vida, na verdadeira felicidade, em Deus.

Não é à-toa que São Paulo afirma: “Na verdade, julgo como perda todas as coisas, em comparação com esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo, meu Senhor. Por ele tudo desprezei e tenho em conta de esterco, a fim de ganhar a Cristo”. (Filipenses 3,8)

Deixar tudo para ganhar TUDO. Deixar o mundo para ganhar a Deus. Viver no mundo sem ser do mundo. Pés na terra, coração no céu.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Converter a cruz em caminho de amor

"Esvaziou-se a si mesmo, e assumiu a condição de servo, tomando a semelhança humana. E, achado em figura de homem, humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz!” (Fil 2, 7-8)

A cruz é difícil, e não pode deixar de ser assim, mas só é insuportável quando a vemos desde o nosso egoísmo e não a partir dos olhos daquele que pendeu nela primeiro por amor a cada um de nós.

Deus se fez um de nós, caminhou neste mundo e carregou sobre os seus ombros uma cruz que era nossa. Como dise ninguém gosta da cruz, e talvez poderíamos pensar que ninguém a merece, sobre tudo num mundo como o nosso que perdeu o sentido do certo, do errado, do amor e do pecado. A nossa experiência, porém é que não somos anjinhos que caminham neste mundo. Não somos maus, mas devemos reconhecer que falhamos e pecamos e que deveríamos reparar pelas nossas faltas. Mas não podemos esquecer que Cristo já carregou a cruz na nossa frente e que os seus sofrimentos dão sentido e valor ao nosso sofrimento.

A cruz nunca vai ser uma perspectiva atraente, mas não a carregamos sozinhos. Deus caminha à nossa frente. Ele já carregou a sua cruz por nós e pede que carreguemos o pequeno fardo que nos compete, pois Ele já os aliviou. Fugir da cruz não é uma perspectiva possível, precisaríamos deixar de ser humanos para poder escapar. O segredo não está em fugir, mas em converter a cruz em caminho de amor.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A Justiça é a finalidade do perdão

O perdão é a característica do cristianismo. Mas ele é verdadeiro se precedido do arrependimento. Do alto da Cruz o pedido do Salvador teve consequências positivas em favor apenas daqueles que o acolheram, reconhecendo-se pecadores. A perene disposição de perdoar não está em contradição com medidas corretivas, aplicadas com justiça, na certeza de que assim se propiciará a transformação daquele que erra.

“Cristo põe em realce com tanta insistência a necessidade de perdoar aos outros que a Pedro, quando este lhe perguntou quantas vezes devia perdoar ao próximo, indicou o número simbólico de ‘setenta vezes sete’, querendo indicar com isso que deveria saber perdoar a todos e a cada um e todas às vezes. 
É óbvio que a exigência de ser tão generoso em perdoar não anula as exigências objetivas da justiça. A justiça bem entendida constitui, por assim dizer, a finalidade do perdão. Em nenhuma passagem do Evangelho o perdão, nem mesmo a misericórdia como sua fonte, significa indulgência para com o mal, o escândalo, a injúria causada, ou o ultraje feito. Em todos estes casos, a reparação do mal e do escândalo, o ressarcimento do prejuízo causado e a satisfação pela ofensa feita são a condição do perdão” 

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Maria, Mulher Eucarística.

Maria não podia deixar de estar presente nas celebrações eucarísticas, no meio dos fiéis da primeira geração cristã. 

Maria é Mulher Eucarística na totalidade de sua vida. A Igreja, vendo em Maria seu modelo, é chamada a imitá-la também em sua relação com este mistério santíssimo. O olhar extasiado de Maria, quando contemplava o rosto de Cristo recém-nascido e o estreitava em seus braços, não é porventura o modelo inatingível de amor a que se devem inspirar todas as nossas comunhões eucarísticas? 

Impossível imaginar os sentimentos de Maria ao ouvir dos lábios de Pedro, João, Tiago e os restantes dos apóstolos as palavras da Última Ceia: "Isto é Meu Corpo que vai ser entregue por vós." (Lc 22,19) 

Aquele corpo, entregue em sacrifício e presente agora nas espécies sacramentais, era o mesmo corpo concebido no seu ventre! "Maria viveu a dimensão sacrifical da Eucaristia".

"Maria é modelo, sobretudo, daquele culto que consiste em fazer da própria vida uma oferenda a Deus."