quarta-feira, 16 de julho de 2014

Por que batizamos os recém-nascidos?


Esses são os dois principais argumentos usados pelos protestantes para não batizar os recém-nascidos.

Não batizamos os recém-nascidos que não têm pecado algum...”.

"Não batizamos os recém-nascidos porque eles não podem crer.."

Então, por que nós Católicos batizamos os recém-nascidos?


Vejamos o que diz a bíblia:
  • Pois TODOS PECARAM e destituídos estão da glória de Deus (Rm 3,23).
  •  "Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque TODOS PECARAM" (Rm 5,12)
  •  "Certamente em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu a minha mãe." (Sl 51,5)
Portanto, é anti-Bíblico dizer que  recém-nascidos não tem pecado, pois, todos nós nascemos com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original.

Se todos nós nascemos com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, também as crianças precisam do novo nascimento no Batismo. A igreja e os pais privariam então os recém-nascidos da graça inestimável de torna-se filho de Deus se não lhe conferissem o Batismo pouco depois do nascimento. Essa prática corresponde também à sua função de alimentar a vida que Deus confiou a eles.

Como explicar a frase: “Quem crer e for batizado será salvo, quem não crer será condenado”? 
(Marcos 16,16)

Nesta passagem, os protestantes só observam a primeira parte.
Quando se argumenta que o recém-nascido não crê, porque não entende nada, deveria também considerar a segunda parte do texto: “Quem não crer será condenado!”. Se seguirmos esse raciocínio, todos os  recém-nascidos serão condenadas, pois eles não têm nenhuma condição de crer.

De que forma então ele poderá ser batizado? 
A fé não é produto da mente humana, de gente grande; “A fé é dom de Deus” (Efésios 2,8).

E, sendo a fé dom de Deus, não é somente individual, mas também comunitária. A fé manifesta também, na família, no lar, onde o  recém-nascido participa da fé paternal e material, como participa do seu afeto, do seu carinho e do seu amor. Ora, essa participação da fé já é um pressuposto para que o  recém-nascido venha receber validamente o batismo. 

“Porque o marido descrente é santificado pela mulher”. “E a mulher descrente é santificada pelo marido; doutra sorte os vossos filhos seriam imundos: Mas agora são santos”, isto é, são crentes junto, com os pais (1Cor 7,14)
Definitivamente, os pais que vivem a fé apoiam biblicamente os filhos para a válida recepção do batismo.

"Contudo, tu me tiraste do ventre; tu me preservaste, estando eu ainda aos seios de minha mãe. Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre da minha mãe." (Sl 22,9-10).

Também é preciso dizer que os primeiros protestantes (Luteranos, Presbiterianos, Calvinista e Anglicanos), guardam até hoje o batismo de  recém-nascidos.

 A Tradição da Igreja sempre entendeu que devemos também batizar os recém-nascidos.

"Estais firmes, irmãos e conservai as tradições que aprendestes ou de viva voz ou por cartas..." 
( II Tes 2,15 );

"que vos aparteis de todos os que andam em desordens e não segundo a tradição que receberam de nós" (II Tes 3,6);



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