segunda-feira, 25 de julho de 2011

Martírio do Papa Bento XVI

Para um mundo que vive para o prazer, para a diversão como fim único, Bento XVI nos fala, e meio à sua dor e a seu martírio, que a felicidade humana consiste, antes de tudo, não na gargalhada, não no prazer, mas no compartilhar a cruz de todos os sofredores. Especialmente em procurar compartilhar a Cruz de Cristo na alegria suave do dever cumprido. Carregar com paciência a Cruz. Bento XVI ensina a este século do desespero, que por trás da máscara do prazer está a dúvida sobre o bem da existência. Porque, toda forma de existencialismo, pretendendo tornar o homem o “Absoluto”, recusa a contingência do ser. 


A gargalhada desesperada do século XXI esconde a impotência do homem moderno de alcançar a felicidade absoluta com suas próprias miseráveis forças. Nestes dias tenebroso, deste maldito século XXI, contemplamos o duelo transcendente entre o Mundo Moderno, gnóstico e desesperado, na sua frustração absoluta de obter a felicidade apenas por meio de sua capacidade natural, contra um Papa, que vindo desse mesmo Mundo Moderno, aceitou repudiá-lo, e assumindo o lugar de Vigário de Cristo, aceitou também, não só carregar sua pesada Cruz, mas caminhar,  suavemente e decidido, para um martírio que já se aponta no horizonte e não tão longínquo.

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